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Trump indiciado mais uma vez: entenda as outras investigações contra o ex-presidente dos EUA

O extremista de direita entrou na mira de procurador por tentar reverter o resultado da eleição presidencial de 2020

Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, pré-candidato à Casa Branca em 2024, foi novamente indiciado nesta terça-feira 1º, desta vez por tentar reverter o resultado da eleição presidencial de 2020.

Confira as outras investigações judiciais de que o magnata é alvo:

Arquivos da Casa Branca

Ao deixar a Casa Branca, Trump levou caixas repletas de documentos, apesar de uma lei de 1978 obrigar os presidentes americanos a enviarem seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.

Em janeiro de 2022, Trump devolveu 15 caixas, mas o FBI estimou que ele provavelmente maninha outras em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Posteriormente, agentes do FBI fizeram uma revista com mandado judicial por “retenção de documentos sigilosos” e “obstrução de investigação federal”, e confiscaram cerca de 30 caixas.

Começou, então, uma intensa batalha legal para determinar a natureza dos documentos apreendidos – sigilosos, pessoais ou com o sigilo suspenso? -, o que atrasou o processo.

Acusado de colocar a segurança dos Estados Unidos em perigo, Trump foi indiciado a nível federal no início de junho, algo inédito para um ex-presidente americano.

Ele compareceu a um tribunal federal de Miami, onde se declarou inocente das 37 acusações a ele imputadas.

O caso é investigado pelo promotor especial Jack Smith, o mesmo a cargo das apurações sobre a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

O caso Stormy Daniels

Trump foi indiciado no início de abril por ter “orquestrado” pagamentos para silenciar três pessoas cujas revelações poderiam ter prejudicado sua candidatura no período anterior às eleições presidenciais de 2016.

Ele é acusado de pagar de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniel para que ela ficasse em silêncio sobre uma suposta relação extraconjugal que remonta a 2006.

Os pagamentos não são ilegais, mas Trump os classificou como “honorários jurídicos” nas contas de sua empresa, a Trump Organization. Como consequência, ele enfrenta 34 acusações por “falsificação de documentos contábeis”.

O ex-presidente compareceu ao tribunal de Nova York em 4 de abril e se declarou inocente. O julgamento está pendente.

Eleições na Geórgia

Uma procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as “tentativas de influenciar as operações eleitorais” no estado, onde Biden venceu por estreita maioria em 2020.

Em um telefonema tornado público, Trump pediu a Brad Raffensperger, um alto funcionário local, que “encontrasse” quase 12 mil votos a seu favor.

Fani Willis, promotora do condado de Fulton, que inclui Atlanta, nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente.

Pessoas ligadas a Trump, como seu ex-advogado pessoal Rudy Giuliani, testemunharam.

O grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas. Antes de setembro, a promotora deve anunciar  os resultados da investigação e os possíveis indiciamentos.

Condenações em Nova York

Em janeiro, a Organização Trump foi condenada, em Nova York, a pagar uma multa de até 1,6 milhão de dólares por fraude fiscal e financeira. É um caso criminal, mas se espera outro na esfera cível em alguns meses.

A procuradora-geral do estado de Nova York, a democrata Letitia James, apresentou um processo contra Trump, seus filhos e a Organização.

Eles são acusados de manipular deliberadamente o valor dos ativos do grupo – que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades – para obter empréstimos mais vantajosos de bancos ou reduzir impostos.

Letitia pede 250 milhões de dólares em indenizações em nome do estado, além da proibição de que o ex-presidente e seus familiares administrem empresas.

Donald Trump também foi condenado em maio, por um tribunal civil de Nova York, a pagar 5 milhões de dólares à ex-jornalista E. Jean Carroll, ao ser declarado culpado de agressão sexual ocorrida em 1996.

(Com informações da AFP)

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