Mundo

Trump diz que não houve progresso sobre a Ucrânia em conversa com Putin

Após uma abordagem inicial mais favorável, o magnata demonstrou crescente frustração com o presidente da Rússia

Trump diz que não houve progresso sobre a Ucrânia em conversa com Putin
Trump diz que não houve progresso sobre a Ucrânia em conversa com Putin
Putin e Trump tentam destravar um cessar-fogo parcial na Ucrânia. Fotos: Alexey NIKOLSKY and NICHOLAS KAMM / various sources / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não conseguiu qualquer avanço com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, após uma conversa por telefone nesta quinta-feira 3.

A desalentadora avaliação de Trump ocorre em um momento no qual as negociações de paz lideradas pelos Estados Unidos para encerrar o conflito na Ucrânia, que já dura mais de três anos, estão estagnadas, e depois de Washington suspender alguns envios de armas para Kiev.

“Foi uma ligação bastante longa; falamos sobre muitos assuntos, incluindo o Irã, e também, como vocês sabem, sobre a guerra na Ucrânia. E eu não estou satisfeito com isso”, declarou Trump à imprensa.

Quando questionado se havia conseguido avanços na busca por um acordo para encerrar o conflito, Trump respondeu: “Não, eu não fiz nenhum progresso com ele, de forma alguma”.

A opinião de Trump sobre o telefonema foi inusitadamente sombria. Na maioria de suas cinco conversas anteriores com Putin desde que retornou ao poder em janeiro, o presidente americano ofereceu relatos otimistas sobre o progresso rumo a um acordo.

No entanto, após uma abordagem inicial mais favorável ao líder russo, ele demonstrou crescente frustração com Putin.

Nas últimas semanas, rejeitou a oferta do líder russo para mediar o conflito entre o Irã e Israel, e pediu que Putin focasse na questão da guerra com a Ucrânia.

Em Moscou, o Kremlin afirmou que a ligação durou quase uma hora e que Putin insistiu em que não abriria mão dos objetivos da Rússia.

“Nosso presidente afirmou que a Rússia alcançará os objetivos que estabeleceu, ou seja, a eliminação das causas profundas que levaram à situação atual”, declarou à imprensa Yuri Ushakov, assessor do Kremlin. “A Rússia não abrirá mão desses objetivos.”

Moscou exige que a Ucrânia renuncie a ingressar na Otan e quer garantias de que a Rússia poderá manter os territórios ucranianos anexados, condições inaceitáveis para Kiev e seus aliados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo