Mundo
Trump diz que libertará manifestantes do Capitólio se for eleito
Os agressores invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 para tentar impedir a transferência do poder a Biden. Quase 500 pessoas foram condenadas a penas de prisão pelo ataque


O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu na segunda-feira que libertará as pessoas detidas por envolvimento no ataque contra o Capitólio em 2021 como uma de suas primeiras medidas se retornar ao poder, com uma vitória nas eleições de novembro.
“Meus primeiros atos como seu próximo presidente serão fechar a fronteira (…) e libertar os reféns de 6 de janeiro que foram presos injustamente”, escreveu Trump na noite de segunda-feira em sua rede Truth Social, sem revelar mais detalhes.
Trump já fez comentários sobre o seu hipotético primeiro dia no cargo, com a promessa de que em seu retorno à Casa Branca não atuaria como ditador, “exceto no primeiro dia”.
Em janeiro, durante um evento de campanha no estado de Iowa, o empresário pediu ao presidente democrata Joe Biden para “libertar os reféns”, palavra que utiliza para fazer referência às pessoas detidas por participação no ataque contra o Capitólio, sede do Congresso.
Os agressores, inflamados por Trump e suas falsas alegações de fraude eleitoral, invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 para tentar impedir a transferência do poder a Biden.
Desde então, 1.358 pessoas foram acusadas, segundo dados divulgados na semana passada pelo Departamento de Justiça. Quase 500 pessoas foram condenadas a penas de prisão pelo ataque.
Trump enfrenta quatro processos criminais, incluindo dois por supostamente tentar reverter os resultados das eleições de 2020, vencidas por Biden.
O ex-presidente tem praticamente assegurada a indicação como candidato republicano nas eleições de novembro, após a desistência de sua última rival, a ex-governadora Nikki Haley, na semana passada.
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