Trump demite o conselheiro de segurança nacional John Bolton

Presidente disse estar ‘fortemente em desacordo’ com as posições do político veterano sobre Venezuela, Cuba, Irã, Rússia e Coreia do Norte

John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Foto: Sergei Gapon/AFP

Apoie Siga-nos no

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira 10 que demitiu seu assessor de segurança nacional, John Bolton, dizendo estar “fortemente” em desacordo com muitas das posições do político veterano, muito duro a respeito da Venezuela, Cuba, Irã, Rússia e Coreia do Norte.

“Ontem à noite informei John Bolton que seus serviços não são mais necessários na Casa Branca. Estava fortemente em desacordo com muitas de suas sugestões, assim como de outros no governo, e, portanto, pedi sua demissão, que me foi entregue esta manhã”, escreveu Trump no Twitter.

A notícia, conhecida dias depois de Trump revelar o cancelamento de conversas secretas com o Talibã no Afeganistão, surpreendeu Washington.


Conhecido por seus notórios bigodes, Bolton é uma figura controversa por seu estreito vínculo com a invasão do Iraque e foi considerado um dos principais impulsionadores da abordagem dura de Trump em relação ao Irã, Venezuela, Cuba, Nicarágua e Coreia do Norte.

Como é frequentemente o caso na presidência de Trump, a partida abrupta do conselheiro de segurança nacional parecia marcada pelo caos.

O anúncio de Trump no Twitter veio logo depois que a assessoria de imprensa da Casa Branca disse que Bolton ofereceria em breve uma coletiva de imprensa sobre questões de terrorismo, juntamente com o secretário de Estado Mike Pompeo.

O próprio Bolton apresentou sua versão dos fatos, o que parece contradizer a do presidente.

“Eu me ofereci para renunciar ontem à noite e o presidente Trump disse: ‘Vamos falar sobre isso amanhã'”, tuittou Bolton.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.