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Trump concede perdão a Steve Bannon e outros aliados

Ex-conselheiro do presidente foi preso por fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México

Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump. Foto: AFP
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Poucas horas antes do fim de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu o indulto presidencial a 73 pessoas e alterou 70 sentenças judiciais para penas mais leves. Entre os beneficiados está Steve Bannon, seu conselheiro até 2017, acusado de ter enganado milhares de investidores que pensavam ter aplicado dinheiro para o cumprimento de uma das principais promessas eleitorais do republicano: a construção de um muro na fronteira com o México.

Bannon, de 66 anos, foi um dos arquitetos da bem-sucedida campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, antes de ser demitido pelo bilionário, em agosto de 2017. Ele foi acusado de desviar mais de um milhão de dólares da verba arrecadada e supostamente destinada para o projeto do muro na fronteira. De acordo com a acusação, o dinheiro também cobriria “centenas de milhares de dólares de gastos pessoais”.

À medida que Trump se tornou alvo de críticas de outros republicanos, líderes empresariais e aliados estrangeiros dos Estados Unidos, o presidente passou a receber pedidos pela demissão do estrategista-chefe, conhecido por suas visões políticas de extrema-direita.

Em agosto de 2020, a Procuradoria de Nova York anunciava a prisão do ex-conselheiro do presidente americano por fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção da muralha na fronteira com o México.

Essa não foi a primeira vez que Trump usou o seu poder presidencial para conceder indulto a seus colaboradores. Nos últimos meses, ele já havia perdoado outras pessoas e mesmo parentes, alguns dos quais haviam sido condenados em razão da investigação sobre um possível conluio entre a Rússia e sua equipe de campanha, em 2016. Em uma das últimas listas de indultos, Trump perdoou Charles Kushner, pai do marido de Ivanka Trump.

Proteção de deportação a venezuelanos

Em uma de suas últimas decisões no cargo, Trump ainda concedeu uma proteção de deportação de 18 meses aos venezuelanos que estão atualmente nos Estados Unidos devido à crise em seu país.

O presidente republicano concedeu o benefício da Saída Forçada Diferida (DED na sigla em inglês) aos venezuelanos diante da “deterioração da situação na Venezuela” provocada pelo “governo autocrático” de Nicolás Maduro, segundo um memorando publicado pela Casa Branca.

O texto diz que terão direito ao benefício quem estiver nos Estados Unidos ininterruptamente até 20 de janeiro de 2021, não tiver sido condenado por crime ou expulso do país, anteriormente, e nem represente risco à segurança pública, entre outras condições.

Os venezuelanos poderão trabalhar nos Estados Unidos enquanto durar o benefício. A medida foi impulsionada pelos aliados republicanos do presidente na Flórida, onde muitos venezuelanos se estabeleceram depois de fugir do colapso econômico e da crise política em seu país natal.

De acordo com o jornal Miami Herald, a ordem pode beneficiar até 200.000 venezuelanos que vivem sob ameaça de detenção e deportação.

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