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Trump chama Biden de ‘inimigo do Estado’ durante comício na Pensilvânia

Dias antes, Biden criticou particularmente os republicanos que defendem a ideologia MAGA, slogan de Trump na campanha de 2016

O ex-presidente dos EUA Donald Trump durante um comício em Wilkes-Barre, Pennsylvania, em setembro de 2022. Foto: Ed Jones/AFP
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou seu sucessor, Joe Biden, de ser um “inimigo do Estado”. A declaração ocorreu durante um comício na Pensilvânia neste sábado 3, em que o republicano criticou o FBI pela operação em sua casa na Flórida.

Trump, respondendo aos ataques lançados dois dias antes por Biden, disse que a operação foi uma “paródia” judicial e alertou que ela poderia causar uma reação “que ninguém jamais viu”.

“Não pode haver um exemplo mais claro das verdadeiras ameaças à liberdade (…) do que o que aconteceu há algumas semanas – vocês viram -, quando assistimos a um dos mais chocantes abusos de poder por parte de um governo na história dos Estados Unidos”, lançou.

Sua insinuação de que o governo Biden estaria envolvido na operação questiona a adesão a velhos protocolos que determinam que o Departamento de Justiça e o FBI devem agir de forma independente da Casa Branca.

“O perigo para a democracia vem da esquerda radical. Não da direita”, afirmou o ex-presidente a seus apoiadores.

Na quinta-feira, Biden chamou Trump e os “extremistas” que o seguem de inimigos da democracia americana, durante um discurso na Filadélfia com o qual procurou encorajar os eleitores antes das eleições de meio de mandato, em novembro, quando parte do Congresso se renova.

Biden atacou particularmente os republicanos que defendem a ideologia MAGA – Make America Great Again – slogan de Trump em sua bem-sucedida campanha presidencial de 2016.

“Donald Trump e os republicanos do MAGA representam o extremismo que ameaça a própria fundação de nossa República”, declarou Biden.

“Não há lugar para violência política nos Estados Unidos. Ponto. Nenhum. Nunca”, advertiu ainda o presidente, em uma clara referência ao ataque ao Capitólio, em 2021, por partidários de Trump que se recusaram a aceitar a derrota nas eleições de 2020.

Donald Trump é alvo de investigações civis, criminais e legislativas. Uma juíza concordou na quinta-feira em rever seu pedido para nomear um especialista independente a fim de estudar documentos apreendidos pelo FBI durante a operação em sua residência na Flórida.

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