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‘Trump ataca as universidades americanas’, diz ex-reitora de Harvard

O presidente norte-americano acusa as grandes universidades americanas de serem bastiões de ideologia anticonservadora e antissemita

‘Trump ataca as universidades americanas’, diz ex-reitora de Harvard
‘Trump ataca as universidades americanas’, diz ex-reitora de Harvard
Donald Trump, na Casa Branca. Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
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A administração Trump ataca as instituições de ensino superior nos Estados Unidos, assim como os governos autoritários para sufocar qualquer pensamento independente, afirmou nesta quarta-feira 3 a ex-reitora da Universidade de Harvard.

Esta prestigiada instituição está no alvo do presidente Donald Trump, que acusa as grandes universidades americanas de serem bastiões de ideologia anticonservadora e antissemita, especialmente no contexto dos protestos contra a campanha militar de Israel em Gaza.

Trump tentou cortar mais de 2,6 bilhões de dólares (14 bilhões de reais) do financiamento de Harvard, ao mesmo tempo que busca bloquear a chegada de estudantes internacionais, que representam um quarto das suas matrículas.

“O governo dos Estados Unidos ataca o ensino superior e as universidades”, declarou a ex-reitora de Harvard, Claudine Gay, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais de Amsterdã.

“Trata-se de destruir as instituições do conhecimento porque são centros de pensamento e informação independentes. Nada justifica nem explica isso, exceto o fato de que os poderes autoritários não gostam de centros independentes de reflexão e informação”, acrescentou.

Primeira mulher negra no comando de Harvard em 368 anos, ela renunciou em janeiro de 2024 no contexto de um escândalo por supostas manifestações de antissemitismo no campus durante protestos contra a guerra em Gaza.

Questionada por uma parlamentar republicana durante uma audiência no Capitólio, defendeu o princípio de liberdade de expressão “incluindo pontos de vista desagradáveis, ofensivos ou de ódio, desde que as palavras não se traduzam em atos que violem nossas normas”.

Em decorrência desse escândalo, o ex-aluno e rico doador de Harvard Bill Ackman afirmou que, como consequência, “doações de bilhões de dólares à universidade haviam sido canceladas, suspensas ou retiradas”.

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