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Tropas ucranianas cercam milhares de soldados russos em Lyman, sob controle de Moscou
O governador ucraniano de Lugansk, Serguii Gaidai, afirmou que os soldados russos de Lymam “têm três opções: fugir, morrer todos juntos ou se render”
O exército ucraniano afirmou, neste sábado 1, que suas tropas cercaram milhares de soldados russos nas proximidades de Lyman. A cidade é um importante centro ferroviário do leste da Ucrânia controlada por Moscou e considerada como um dos redutos da ocupação russa.
“As forças russas estão cercadas em Lyman”, afirmou o porta-voz do exército ucraniano no leste do país, Serhiy Cherevatyi. Ele disse que “entre 5.000 e 5.500 russos” estavam entrincheirados nos arredores da cidade.
A tomada de Lyman, que o exército russo utiliza como base logística de transportes para suas operações militares no norte da região de Donetsk, é uma das vitórias mais importantes da Ucrânia desde a ofensiva em Kharkiv. O exército ucraniano obteve grandes avanços territoriais nas últimas semanas nesta região ao noroeste de Donetsk, onde fica Lyman.
O governador ucraniano de Lugansk, Serguii Gaidai, afirmou que os soldados russos de Lymam “têm três opções: fugir, morrer todos juntos ou se render”. Cherevatyi também anunciou que as tropas de Kiev recuperaram cinco localidades ao redor da cidade, aumentando a pressão sobre os soldados russos que estão cercados.
O anúncio da vitória em Lyman acontece um dia depois da anexação à Rússia de quatro regiões ucranianas. A decisão foi condenada por Kiev e seus aliados ocidentais.
O Ministério da Defesa russo não fez comentários, mas, na sexta-feira 30, Vladimir Putin declarou oficialmente a anexação das províncias de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia durante a cerimônia em Moscou, após a realização de um referendo contestado na região.
O governo ucraniano qualificou a integração de “farsa” e prometeu liberar a totalidade do território ucraniano da ocupação militar russa.
Após a oficialização da anexação, a preocupação cresce na maior parte das ex-repúblicas soviéticas, explica o correspondente da RFI em Tbilissi, Régis Genté. Segundo ele, algumas províncias continuam aliadas à Rússia, mas outras criticam abertamente o governo de Putin.
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