Forças russas conseguiram, nesta terça-feira 22, entrar na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, segundo o relato de um alto funcionário da Defesa dos Estados Unidos ao jornalista Jack Detsch, da Foreign Policy. A informação também foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
“As forças russas estão agora dentro da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, incluindo forças separatistas que vieram da região de Donbass, segundo oficial sênior de defesa dos EUA”, escreveu Detsch no Twitter.
No início desta terça, autoridades ucranianas anunciaram uma nova tentativa de retirar os civis de Mariupol, cercada pelas tropas de Vladimir Putin praticamente desde o início da guerra, há um mês.
Mais de 200.000 pessoas estão bloqueadas em Mariupol, situação descrita pela ONG Human Rights Watch como um “inferno gelado repleto de cadáveres e edifícios destruídos”.
Algumas razões explicam o interesse da Rússia em tomar o controle da cidade. Ela pode garantir o estabelecimento de um corredor terrestre entre a Crimeia, anexada por Putin em 2014, e Donbass, onde estão os separatistas de Lugansk e Donetsk – territórios reconhecidos como independentes pelo Kremlin.
Além disso, Mariupol é um município portuário estratégico no Mar Azov, parte do Mar Negro. Ela foi brevemente ocupada pelos separatistas pró-Rússia em 2014, antes da recuperação pelas tropas ucranianas.
Além da situação geográfica estratégica, Mariupol é uma grande cidade industrial. Como Berdiansk, seu porto comercial tem importância crucial para as exportações de cereais e aço procedentes do leste do país.
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