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Tribunal confirma sentença contra Trump por difamação; multa é de R$ 450 milhões

O caso envolve a autora E. Jean Carroll, a quem a Justiça determinou que o magnata agrediu sexualmente

Tribunal confirma sentença contra Trump por difamação; multa é de R$ 450 milhões
Tribunal confirma sentença contra Trump por difamação; multa é de R$ 450 milhões
E.Jean Carroll ao deixar tribunal em Manhattan em 8 de maio. Foto: Stephanie Keith/Getty Images North America/Getty Images via AFP
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Uma corte de apelações dos Estados Unidos confirmou, nesta segunda-feira 8, uma multa de 83,3 milhões de dólares (aproximadamente 450 milhões de reais, na cotação atual), imposta por um júri contra o presidente Donald Trump por difamar a autora E. Jean Carroll, a quem a Justiça determinou que ele agrediu sexualmente.

“Concluímos que o tribunal distrital não cometeu erros em nenhuma das decisões recorridas e que as indenizações concedidas pelo júri foram razoáveis à luz dos fatos extraordinários e atrozes deste caso”, escreveu o Tribunal de Apelações do Segundo Circuito.

A ordem de janeiro de 2024 consistiu em 65 milhões de dólares (aproximadamente 322 milhões, em valores da época) em danos punitivos, depois que o júri determinou que Trump agiu com malícia em seus muitos comentários públicos sobre Carroll; 7,3 milhões de dólares (36 milhões de reais) em danos compensatórios e 11 milhões de dólares (54,4 milhões de reais) para financiar uma campanha online para reparar a reputação da autora.

Carroll havia pedido à Justiça civil uma compensação por danos de 10 milhões de dólares (49,5 milhões de reais).

Na ocasião, Trump – a quem um júri considerou responsável por agredir sexualmente Carroll em um caso civil federal em separado em Nova York – usou sua plataforma, Truth Social, para publicar uma série de mensagens ofensivas atacando Carroll, o julgamento e o juiz, a quem chamou de “uma pessoa extremamente abusiva”.

Carroll, de 81 anos, alegou que Trump a difamou em 2019, quando tornou públicas pela primeira vez suas acusações de agressão, ao dizer que ela não fazia seu “tipo”.

Foi exibida aos jurados a declaração de Trump de outubro de 2022, na qual ele confundiu uma foto de Carroll com a de sua ex-esposa Marla Maples, o que pôs em dúvida a afirmação de que a autora não fazia seu “tipo”.

Em 2023, outro júri federal considerou Trump responsável de agredir Carroll sexualmente no provador de uma loja em 1996 e posteriormente de difamá-la em 2022, quando a chamou de “uma fraude completa”.

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