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Três pessoas são resgatadas e 17 seguem desaparecidas

Mergulhadores encontram casal sul-coreano e membro da tripulação dentro do navio, enquanto capitão é preso acusado de homicídio e abandono de embarcação

Três pessoas são resgatadas e 17 seguem desaparecidas
Três pessoas são resgatadas e 17 seguem desaparecidas
O navio realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou aparentemente contra uma rocha. Foto: Stringer/AFP
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Equipes de resgate localizaram três pessoas com vida dentro do navio Costa Concordia neste domingo 15, mais de 30 horas após a embarcação turística encalhar e tombar no litoral da Toscana, Itália.

O acidente deixou ao menos cinco mortos, dois turistas franceses, um membro peruano da tripulação e dois homens encontrados na parte de trás do navio, de acordo com a imprensa italiana. Cerca de 30 ficaram feridos, sendo três em estado grave.

Entre os resgatados com vida dentro do navio está um casal sul-coreano em lua de mel e um tripulante italiano com um grave ferimento na perna, informa a BBC News.

Após os resgates e buscas na embarcação e na ilha de Giglio, local para onde os passageiros foram evacuados, o número de desaparecidos é estimado em 17 pessoas, segundo a BBC, citando autoridades locais.

O navio, que havia partido de Savona para um cruzeiro com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França), levava 4.234 passageiros quando se chocou com uma rocha e encalhou.

Veja o vídeo do naufrágio na Itália aqui

Segundo a empresa Costa Cruzeiros, dona da embarcação, todos os 53 brasileiros a bordo foram localizados e não sofreram ferimentos.

O capitão do navio, Francesco Schettino, e seu primeiro oficial, Ciro Ambrósio, foram presos e interrogados pela polícia no sábado 14. A procuradoria italiana informou que o comandante está sendo investigado por homicídio e abandono de embarcação.

No depoimento, o comandante alegou que as cartas de navegação utilizadas no navio não faziam referência à rocha que danificou a embarcação. Por outro lado, a procuradoria da cidade de Grosseto aponta que o capitão realizou uma manobra errada.

Segundo o jornal italiano Corriere Della Sera, Schettino deve aguardar uma audiência na próxima semana na prisão.

Pânico

O navio “Costa Concordia” realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou aparentemente contra uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio. A embarcação levava mais de 1,2 mil italianos, 500 alemães, 150 franceses, além de japoneses, indianos, espanhois e também brasileiros.

Segundo informações da agência de notícias AFP, o acidente ocorreu na hora do jantar e alguns passageiros chegaram a se jogar no oceano.

Luciano Castro, um dos passageiros do navio, disse à imprensa italiana que por volta de 21h30 (horário local) “todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa.”

Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.

Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu “cenas de pânico dignas do ‘Titanic’”, com empurrões entre os evacuados, gritos e choros. Ela também denunciou o despreparo da tripulação e afirmou que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.

Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.

No total, 12 navios e nove helicópteros foram mobilizados para verificar se não havia pessoas no mar, informou o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.

O armador Costa Crociera, dono do barco, se declarou “consternado” e expressou seus pêsames às famílias. Indicou que não é possível determinar de imediato as causas do acidente e assegurou que a evacuação foi rápida, apesar de difícil.

A embarcação tinha 290 metros, 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.

Com informações AFP.

*Atualizado às 14h20 de domingo 15 para acréscimo de informações.

Leia mais em AFP Movel.

Equipes de resgate localizaram três pessoas com vida dentro do navio Costa Concordia neste domingo 15, mais de 30 horas após a embarcação turística encalhar e tombar no litoral da Toscana, Itália.

O acidente deixou ao menos cinco mortos, dois turistas franceses, um membro peruano da tripulação e dois homens encontrados na parte de trás do navio, de acordo com a imprensa italiana. Cerca de 30 ficaram feridos, sendo três em estado grave.

Entre os resgatados com vida dentro do navio está um casal sul-coreano em lua de mel e um tripulante italiano com um grave ferimento na perna, informa a BBC News.

Após os resgates e buscas na embarcação e na ilha de Giglio, local para onde os passageiros foram evacuados, o número de desaparecidos é estimado em 17 pessoas, segundo a BBC, citando autoridades locais.

O navio, que havia partido de Savona para um cruzeiro com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França), levava 4.234 passageiros quando se chocou com uma rocha e encalhou.

Veja o vídeo do naufrágio na Itália aqui

Segundo a empresa Costa Cruzeiros, dona da embarcação, todos os 53 brasileiros a bordo foram localizados e não sofreram ferimentos.

O capitão do navio, Francesco Schettino, e seu primeiro oficial, Ciro Ambrósio, foram presos e interrogados pela polícia no sábado 14. A procuradoria italiana informou que o comandante está sendo investigado por homicídio e abandono de embarcação.

No depoimento, o comandante alegou que as cartas de navegação utilizadas no navio não faziam referência à rocha que danificou a embarcação. Por outro lado, a procuradoria da cidade de Grosseto aponta que o capitão realizou uma manobra errada.

Segundo o jornal italiano Corriere Della Sera, Schettino deve aguardar uma audiência na próxima semana na prisão.

Pânico

O navio “Costa Concordia” realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou aparentemente contra uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio. A embarcação levava mais de 1,2 mil italianos, 500 alemães, 150 franceses, além de japoneses, indianos, espanhois e também brasileiros.

Segundo informações da agência de notícias AFP, o acidente ocorreu na hora do jantar e alguns passageiros chegaram a se jogar no oceano.

Luciano Castro, um dos passageiros do navio, disse à imprensa italiana que por volta de 21h30 (horário local) “todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa.”

Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.

Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu “cenas de pânico dignas do ‘Titanic’”, com empurrões entre os evacuados, gritos e choros. Ela também denunciou o despreparo da tripulação e afirmou que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.

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No total, 12 navios e nove helicópteros foram mobilizados para verificar se não havia pessoas no mar, informou o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.

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A embarcação tinha 290 metros, 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.

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