Quando Gilad Erdan, o enviado de Israel à Organização das Nações Unidas, apresentou-se ao Conselho de Segurança para protestar contra a resolução de cessar-fogo recém-aprovada, era uma figura mais solitária do que nunca na enorme câmara. Os Estados Unidos, até então constantes protetores de Israel na ONU, recusaram-se a usar seu veto e permitiram o pedido do Conselho por uma trégua imediata, embora esta não incluísse, como Erdan apontou furiosamente, qualquer condenação ao massacre de israelenses pelo Hamas que deu início à guerra.
Esse tinha sido um limiar para os Estados Unidos até a segunda-feira 25, assim como condicionar um cessar-fogo à libertação de reféns. Depois de quase seis meses de bombardeios constantes, com mais de 32 mil mortos em Gaza e uma crise de fome iminente, essas “linhas vermelhas” perderam, no entanto, força, e a embaixadora norte-americana, Linda Thomas-Greenfield, não moveu a mão quando a presidência solicitou os votos contra a resolução.
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