Mundo
Tiroteio com ‘motivações raciais’ em supermercado nos EUA deixa 10 mortos
Outras três pessoas ficaram feridas. 11 das vítimas eram negras
Um jovem branco de 18 anos fortemente armado matou a tiros 10 pessoas neste sábado 14 em um supermercado na cidade de Buffalo, Nova York, em um ataque “com motivações raciais” que ele transmitiu ao vivo, informaram autoridades.
O agressor, que usava capacete e equipamento tático, foi detido após o tiroteio, disse o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, em uma coletiva de imprensa.
Segundo Gramaglia, 10 pessoas foram mortas e três ficaram feridas. 11 das vítimas eram negras.
O agressor disparou primeiro contra quatro pessoas no estacionamento do supermercado, três das quais morreram, e depois entrou na loja e continuou atirando, explicou o xerife.
Entre os mortos dentro do estabelecimento está um policial aposentado que trabalhava como segurança e estava armado.
O funcionário “confrontou o suspeito, disparou vários tiros”, mas o atirador – que estava protegido por um colete à prova de balas – o matou com seus disparos, disse Gramaglia.
O tiroteio está sendo investigado como um crime de ódio, afirmou Stephen Belongia, agente especial do escritório do FBI em Buffalo.
“Estamos investigando este incidente como um crime de ódio e um caso de extremismo violento com motivação racial”, declarou Belongia à imprensa.
O promotor distrital do condado, John Flynn, disse que o suspeito será processado por acusações de assassinato em primeiro grau e estará sujeito a uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Flynn indicou que o agressor usou uma “arma de assalto”, mas não especificou o tipo.
Questionado se o suspeito transmitiu os assassinatos na Twitch, um porta-voz da plataforma de transmissão ao vivo disse que “o usuário foi suspenso indefinidamente do nosso serviço”.
“Estamos tomando todas as medidas apropriadas, incluindo o monitoramento de qualquer conta que retransmita esse conteúdo”, acrescentou.
O presidente Joe Biden foi informado sobre o “horrível tiroteio”, de acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
“O presidente e a primeira-dama estão rezando pelos falecidos e seus entes queridos”, afirmou.
A polícia suspeita de que o vídeo do massacre que circulou na internet logo após o ocorrido foi filmado pelo próprio autor, mas não confirmou sua autenticidade nem se foi transmitido ao vivo.
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