Tártaros podem ser obrigados a deixar a Crimeia

Novo poder pró-Moscou cogita recuperar parte das terras ocupadas por etnia deportada por Stalin para a Ásia Central

Habitantes da Crimeia comemoram vitória em referendo em Sebastopol

Apoie Siga-nos no

O novo poder pró-Moscou da Crimeia cogita recuperar parte das terras ocupadas “ilegalmente” pelos tártaros, anunciou nesta terça-feira 18 o vice-primeiro-ministro da península, Rustam Temirgaliev.

“Vamos pedir que liberem parte das terras, porque precisamos delas para projetos sociais”, declarou Temirgaliev à agência russa Ria Novosti. Segundo ele, em Simferopol, a capital da Crimeia, há muitos terrenos ocupados “ilegalmente” pelos tártaros.

Os tártaros, de religião muçulmana, representam entre 12% e 15% da população local e no domingo boicotaram o referendo de adesão da Crimeia à Rússia.

Em 1944, toda a população tártara da Crimeia foi deportada para a Ásia Central por ordem de Stalin. Os tártaros não foram autorizados a retornar para a Crimeia até 1989, na época da “Perestroika”. Alguns se instalaram em terrenos cujos títulos de propriedade não conservavam mais. Suas terras haviam sido ocupadas por novos habitantes, após a deportação de 1944.

Leia mais em AFP Móvel

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.