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Tanques em Homs e carros-bomba em Aleppo. E 475 mortos

Ao menos 25 pessoas morreram e 175 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba no norte do País

Imagem da TV síria mostra os corpos das vítimas da explosão em Aleppo, no norte do país. Foto: ©AFP/Tv siria
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DAMASCO (AFP) – Ao menos 25 pessoas morreram e 175 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba nesta sexta-feira 10 na cidade síria de Aleppo (norte), enquanto os tanques do exército ingressavam em um bairro de Homs, foco dos protestos contra o regime no centro do país e bombardeado sem descanso há sete dias.

“Vinte e cinco cadáveres e 175 feridos foram transportados até agora aos hospitais públicos de Aleppo (norte), depois de duas explosões terroristas” em Aleppo, a capital econômica do país situada no norte, indicou o ministério da Saúde, citado pela televisão estatal.

“Um terrorista explodiu com seu veículo a 100 metros da entrada do edifício da segurança militar”, afirmou o canal oficial mostrando uma cratera deixada pela explosão nas imediações da sede das forças de segurança.

O segundo ataque foi dirigido, segundo a televisão, contra um edifício da segurança militar.

Os militantes sírios informaram sobre três explosões, uma delas perto de um edifício da segurança em Aleppo, cidade que até agora não conheceu uma forte revolta popular.

A Comissão Geral da Revolução Síria (UCGRS), um grupo de oposição, acusou imediatamente as autoridades pelos ataques e falou de “uma nova encenação do regime”.

Estes incidentes ocorrem antes das manifestações previstas no país, como ocorre em todas as sextas-feiras desde o início dos protestos, em 15 de março, respondendo ao chamado dos militantes que exigem mais democracia e que planejam desta vez denunciar o apoio de Moscou ao regime de Bashar al-Assad e seu veto na ONU.

Mas Moscou persiste em seu apoio ao regime sírio, seu aliado, e responsabiliza a oposição pelo derramamento de sangue, assim como acusa as potências ocidentais de serem “cúmplices” da crise.

Ao sul, na “capital da revolução”, Homs, bombardeada sem descanso há sete dias pelas tropas regulares, os tanques do exército entraram no bairro de Inshaat, onde os soldados rastreavam o setor casa por casa, indicaram militantes.

“Os tanques entraram no bairro Inshaat” antes da madrugada, declarou Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, com sede em Londres). Na manhã desta sexta-feira, disse, as tropas estavam próximas do bairro de Baba Amr, que desde sábado foi alvo de bombardeios intensos por parte das tropas do regime sírio.

Enquanto os militantes temem uma operação terrestre de Homs (centro), o exército libanês reforçou sua presença na região fronteiriça de Wai Khaled, próxima a Homs, segundo autoridades. O exército sirio minou a fronteira para impedir o contrabando de armas.

Desde o início ao ataque de Homs, ao menos 450 pessoas morreram, segundo os militantes.

É impossível verificar estes números com uma fonte independente devido às restrições impostas pelo regime à imprensa estrangeira.

DAMASCO (AFP) – Ao menos 25 pessoas morreram e 175 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba nesta sexta-feira 10 na cidade síria de Aleppo (norte), enquanto os tanques do exército ingressavam em um bairro de Homs, foco dos protestos contra o regime no centro do país e bombardeado sem descanso há sete dias.

“Vinte e cinco cadáveres e 175 feridos foram transportados até agora aos hospitais públicos de Aleppo (norte), depois de duas explosões terroristas” em Aleppo, a capital econômica do país situada no norte, indicou o ministério da Saúde, citado pela televisão estatal.

“Um terrorista explodiu com seu veículo a 100 metros da entrada do edifício da segurança militar”, afirmou o canal oficial mostrando uma cratera deixada pela explosão nas imediações da sede das forças de segurança.

O segundo ataque foi dirigido, segundo a televisão, contra um edifício da segurança militar.

Os militantes sírios informaram sobre três explosões, uma delas perto de um edifício da segurança em Aleppo, cidade que até agora não conheceu uma forte revolta popular.

A Comissão Geral da Revolução Síria (UCGRS), um grupo de oposição, acusou imediatamente as autoridades pelos ataques e falou de “uma nova encenação do regime”.

Estes incidentes ocorrem antes das manifestações previstas no país, como ocorre em todas as sextas-feiras desde o início dos protestos, em 15 de março, respondendo ao chamado dos militantes que exigem mais democracia e que planejam desta vez denunciar o apoio de Moscou ao regime de Bashar al-Assad e seu veto na ONU.

Mas Moscou persiste em seu apoio ao regime sírio, seu aliado, e responsabiliza a oposição pelo derramamento de sangue, assim como acusa as potências ocidentais de serem “cúmplices” da crise.

Ao sul, na “capital da revolução”, Homs, bombardeada sem descanso há sete dias pelas tropas regulares, os tanques do exército entraram no bairro de Inshaat, onde os soldados rastreavam o setor casa por casa, indicaram militantes.

“Os tanques entraram no bairro Inshaat” antes da madrugada, declarou Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, com sede em Londres). Na manhã desta sexta-feira, disse, as tropas estavam próximas do bairro de Baba Amr, que desde sábado foi alvo de bombardeios intensos por parte das tropas do regime sírio.

Enquanto os militantes temem uma operação terrestre de Homs (centro), o exército libanês reforçou sua presença na região fronteiriça de Wai Khaled, próxima a Homs, segundo autoridades. O exército sirio minou a fronteira para impedir o contrabando de armas.

Desde o início ao ataque de Homs, ao menos 450 pessoas morreram, segundo os militantes.

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