Mundo
Tailândia acusa Camboja de violação do cessar-fogo
Segundo Bangkok, mais de 250 drones invadiram o espaço aéreo tailandês
A Tailândia acusou nesta segunda-feira 29 o Camboja de ter sobrevoado seu território com mais de 250 drones, em uma suposta violação do cessar-fogo assinado no sábado pelos países vizinhos do sudeste asiático para acabar com três semanas de confrontos.
O conflito na fronteira entre os dois países turísticos deixou pelo menos 47 mortos e provocou o deslocamento de quase um milhão de pessoas dos dois lados da fronteira.
Menos de 48 horas após a assinatura da trégua, no entanto, Bangkok afirmou que mais de 250 drones entraram em seu espaço aéreo “procedentes do lado cambojano”.
“As ações constituem uma provocação e uma violação das medidas que pretendem reduzir as tensões”, condenou o Exército tailandês em um comunicado.
O Camboja minimizou o incidente, descrito por seu ministro das Relações Exteriores como um “pequeno problema”.
“Conversamos (com a Tailândia) e concordamos em examinar a questão e resolvê-la de maneira imediata”, afirmou o chanceler Prak Sokhonn.
Os dois países mantêm uma longa disputa sobre o traçado da fronteira de 800 quilômetros, fixado durante o período colonial francês, e trocam acusações sobre que lado começou o conflito mais recente.
Um confronto em julho deixou 43 mortos em cinco dias, antes do anúncio de uma trégua, graças em parte à intervenção do presidente americano Donald Trump.
No final de outubro, um acordo de cessar-fogo foi assinado, mas a Tailândia suspendeu a trégua em poucas semanas, após a explosão de uma mina terrestre na fronteira que feriu vários soldados.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


