Mundo

Suprema Corte dos EUA revisará proibição de ‘terapias de conversão’ para menores LGBT+

Uma psicológica do Colorado, citando sua fé cristã, questionou a validade da lei do estado progressista do Colorado

Suprema Corte dos EUA revisará proibição de ‘terapias de conversão’ para menores LGBT+
Suprema Corte dos EUA revisará proibição de ‘terapias de conversão’ para menores LGBT+
A Suprema Corte dos EUA. Foto: Jim Watson/AFP/Getty Images
Apoie Siga-nos no

A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira 10, que estuda uma lei que proíbe a “terapia de conversão” para menores, que tem como objetivo mudar a orientação sexual ou a identidade de gênero de uma pessoa e impor a heterossexualidade e a cisgeneridade.

O tribunal examinará a constitucionalidade de uma lei aprovada pelo estado progressista do Colorado que proibiu a “terapia de conversão” para menores em 2019, com o argumento de que as práticas são prejudiciais e ineficazes.

Essas “terapias” estão proibidas em muitos países e “equivalem à tortura”, segundo um relatório apresentado em 2020 ao Conselho de Direitos Humanos da ONU por um especialista.

Uma conselheira psicológica do Colorado, porém, citando sua fé cristã, questionou a validade da lei nos tribunais, argumentando que ela viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão para os cidadãos.

Após ter sua reclamação rejeitada em primeira instância e na apelação, Kaley Chiles recorreu à Suprema Corte, de maioria conservadora, que, portanto, concordou em examinar o caso durante seu próximo exercício, que começará em outubro de 2025.

O mais alto tribunal americano também deve se pronunciar antes do fim de seu exercício atual, em 30 de junho, sobre o acesso dos menores aos tratamentos de transição de gênero.

“Em meio a uma crise de saúde mental, muitos menores que sofrem de disforia de gênero buscam o apoio psicológico que Kaley Chiles gostaria de lhes fornecer”, afirmaram os advogados da conservadora Aliança em Defesa da Liberdade.

“Querem ajuda para alinhar suas mentes e corpos, em vez de tentar intervenções médicas experimentais e se arriscar a sofrer danos permanentes”, argumentaram os conservadores para convencer a Suprema Corte a considerar o caso.

A disforia de gênero se refere ao estado angustiante que experimentam pessoas cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo que lhes foi atribuído ao nascer.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo