Mundo

Suprema Corte dos EUA examinará restrições à pílula abortiva

É o processo mais importante sobre o aborto que chega à Suprema Corte desde que, em junho do ano passado, este tribunal anulou o direito constitucional de interromper a gravidez

Protesto em frente a um tribunal de Ohio em 2020. Nesta terça 8 de aosto, um referendo testa o poder dos conservadores para se opor a pautas como o aborto. Foto: Stephen Zenner/AFP
Apoie Siga-nos no

A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (13), que examinará as restrições impostas por um tribunal inferior a uma pílula abortiva usada em mais da metade dos abortos no país.

A decisão do tribunal de primeira instância estava suspensa, à espera da decisão do tribunal de máxima instância do país sobre se aceitaria analisar o caso.

A Suprema Corte realizará uma audiência oral sobre o assunto no próximo ano e espera-se um veredicto até o final de junho.

A origem do caso remonta a um juiz conservador de um tribunal distrital do Texas que decidiu proibir o mifepristona.

Em recurso, um tribunal federal de maioria conservadora levantou a proibição e optou por impor restrições ao uso do mifepristona, limitando-o às primeiras sete semanas de gravidez, em vez de dez, e impedindo a sua distribuição por correio.

Também exigia que a pílula abortiva fosse prescrita por um médico.

O caso seguiu então para a Suprema Corte, que decidiu congelar preventivamente as sentenças dos tribunais inferiores. Então, por enquanto, o medicamento continua sendo comercializado.

É o processo mais importante sobre o aborto que chega à Suprema Corte desde que, em junho do ano passado, este tribunal anulou o direito constitucional de interromper a gravidez.

Grupos antiaborto querem que a pílula seja completamente proibida porque consideram que não é segura.

O governo acredita, pelo contrário, que deveria ser a Food and Drug Administration (FDA), que aprovou o medicamento há mais de 20 anos, quem deve decidir se o mifepristona pode ou não ser usado.

Nesta quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris “continuam firmemente empenhados em defender o acesso das mulheres à saúde reprodutiva”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo