Os suíços aprovaram com uma pequena maioria neste domingo, 7, a proibição de esconder o rosto com o véu integral islâmico – a burca – em lugares públicos, um sinal contra o Islã radical de acordo com os defensores do projeto, uma iniciativa xenófoba e sexista para os críticos da iniciativa. Manifestantes encapuzados em manifestações também serão proibidos.
O texto do projeto de lei, proposto inicialmente pelo partido populista de direita UDC, obteve 51,21% dos votos e a maioria dos votos dos representantes dos cantões suíços, de acordo com os resultados oficiais divulgados pelo governo federal.
A iniciativa também foi apoiada por feministas e parte dos eleitores da esquerda laica.
“Estamos muito satisfeitos. Não queremos que haja um Islã radical em nosso país”, disse o vice-presidente da Suíça, Marco Chiesa, no canal Blick.tv.
O texto não faz referência direta à “burca” – um longo tecido que cobre as mulheres da cabeça aos pés, com uma fenda de malha na altura dos olhos – ou ao “niqab”, véu que cobre completamente o corpo e o rosto, com exceção dos olhos, mas o cartazes de campanha (foto) não deixaram dúvidas sobre o propósito do referendo.
Ao votar contra o uso do véu completo na esfera pública, a Suíça se junta à França, Áustria, Bulgária, Bélgica e Dinamarca, após anos de debate em torno dessa questão polêmica, onde não existe consenso.
A partir de agora será proibido cobrir completamente o rosto em público na Suíça – o que também se aplica a manifestantes encapuzados – mas há exceções para locais de culto, por exemplo.
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