Ao passar pelos tribunais reais de Justiça em Londres num dia de semana, você frequentemente verá pequenos grupos a segurar cartazes e distribuir panfletos sobre um caso em julgamento. Na terça-feira 20, houve muitos deles na calçada, demonstrando suas opiniões sobre um caso que tem ramificações para o jornalismo em todo o mundo. Lá dentro, num tribunal lotado, dois juízes da Suprema Corte ouviram os argumentos de um pedido de recurso para Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, não ser removido da prisão de segurança máxima de Belmarsh para enfrentar julgamento e uma pena potencial de 175 anos de prisão nos Estados Unidos, onde enfrenta 18 acusações criminais por seu suposto papel na obtenção e divulgação de documentos confidenciais. Estes revelaram detalhes das atividades dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, incluindo ataques a civis. Também revelaram detalhes do tratamento dispensado aos prisioneiros na Baía de Guantánamo (Cuba) e ligações com atividades clandestinas no Oriente Médio.
No início deste mês, num caso não relacionado, o ex-agente da Agência Central de Inteligência Joshua Schulte foi condenado em Nova York a 40 anos de prisão por vazar informações confidenciais para o WikiLeaks.
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