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Soldado que forneceu documentos ao Wikileakes está em condições ‘degradantes’, diz defesa

De acordo com o advogado do militar Bradley Manning, que publicizou documentos das guerras do Iraque e Afeganistão, seu cliente está sofrendo um “castigo ilegal” e vive em condições “desumanas e degradantes”

Soldado que forneceu documentos ao Wikileakes está em condições ‘degradantes’, diz defesa
Soldado que forneceu documentos ao Wikileakes está em condições ‘degradantes’, diz defesa
Bradley Manning, 24 anos, pode passar o resto da vida na prisão se for condenado. Foto: ©Getty Images/AFP/Arquivo / Alex Wong
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FORT MEADE, Estados Unidos (AFP) – O soldado Bradley Manning compareceu na terça-feira 27 ao tribunal militar de Fort Meade, em Maryland, para uma audiência consagrada ao severo regime carcerário imposto a ele por ter entregue milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks.

Na audiência, o advogado David Coombs tratou de demonstrar a responsabilidade do governo americano no severo regime de isolamento imposto a Manning na prisão militar de Quantico, região de Washington. O ex-comandante da prisão, coronel Daniel Choike, justificou a decisão de impor condições especiais a Manning devido a seus “pensamentos suicidas”, detectados “constantemente” em um “procedimento coletivo cotidiano”.

Citado e interrogado pela defesa, Choike admitiu ter recebido instruções sobre a “importância do caso” após a chegada de Manning à prisão, em julho de 2010, diante do “risco de suicídio”, da “gravidade das acusações” e da “cobertura substancial da mídia”.

Afirmando que o Exército abusou de sua autoridade, a defesa pediu a retirada de todas as acusações contra Manning, com base no artigo do código militar que proíbe “castigo ilegal antes do julgamento”.

Como formas de castigo, Coombs citou o isolamento total do prisioneiro durante sua detenção, intimidação, nudez forçada, proibição de fazer exercícios e até a ausência de banho de sol. “Manning ficou detido em isolamento durante nove meses em condições que o enviado da ONU qualificou de desumanas e degradantes”, disse à AFP Emma Cape, militante pacifista da rede de apoio a Bradley Manning.

Dezenas de manifestantes protestaram na entrada de Fort Meade para exigir a libertação de Manning, afirmando que “denunciar crimes de guerra não pode ser um crime”.

Manning, 24 anos, é acusado de entregar ao WikiLeaks entre novembro de 2009 e maio de 2010 documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, além de 260 mil despachos do departamento de Estado.

O soldado, que optou por ser julgado em um tribunal militar, pode ser condenado à prisão perpétua por colaborar com o inimigo.

FORT MEADE, Estados Unidos (AFP) – O soldado Bradley Manning compareceu na terça-feira 27 ao tribunal militar de Fort Meade, em Maryland, para uma audiência consagrada ao severo regime carcerário imposto a ele por ter entregue milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks.

Na audiência, o advogado David Coombs tratou de demonstrar a responsabilidade do governo americano no severo regime de isolamento imposto a Manning na prisão militar de Quantico, região de Washington. O ex-comandante da prisão, coronel Daniel Choike, justificou a decisão de impor condições especiais a Manning devido a seus “pensamentos suicidas”, detectados “constantemente” em um “procedimento coletivo cotidiano”.

Citado e interrogado pela defesa, Choike admitiu ter recebido instruções sobre a “importância do caso” após a chegada de Manning à prisão, em julho de 2010, diante do “risco de suicídio”, da “gravidade das acusações” e da “cobertura substancial da mídia”.

Afirmando que o Exército abusou de sua autoridade, a defesa pediu a retirada de todas as acusações contra Manning, com base no artigo do código militar que proíbe “castigo ilegal antes do julgamento”.

Como formas de castigo, Coombs citou o isolamento total do prisioneiro durante sua detenção, intimidação, nudez forçada, proibição de fazer exercícios e até a ausência de banho de sol. “Manning ficou detido em isolamento durante nove meses em condições que o enviado da ONU qualificou de desumanas e degradantes”, disse à AFP Emma Cape, militante pacifista da rede de apoio a Bradley Manning.

Dezenas de manifestantes protestaram na entrada de Fort Meade para exigir a libertação de Manning, afirmando que “denunciar crimes de guerra não pode ser um crime”.

Manning, 24 anos, é acusado de entregar ao WikiLeaks entre novembro de 2009 e maio de 2010 documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, além de 260 mil despachos do departamento de Estado.

O soldado, que optou por ser julgado em um tribunal militar, pode ser condenado à prisão perpétua por colaborar com o inimigo.

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