Mundo
Sobe para 29 o número de mortos pelo incêndio em hospital de Pequim
12 pessoas foram detidas, entre elas o diretor do hospital e representantes de uma empresa que trabalhava na reforma do centro médico


Doze pessoas foram detidas após o incêndio em um hospital de Pequim que deixou pelo menos 29 mortos, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira (19), um dia após o acidente com o maior número de mortes na capital da China desde 2002.
O incêndio no hospital de Changfeng, no distrito de Fengtai, começou pouco antes das 13h00 (2h00 de Brasília) de terça-feira.
A tragédia provocou 29 vítimas fatais, de acordo com o balanço atualizado divulgado pela vice-prefeita de Fengtai, Li Zongrong.
Entre os 12 detidos estão o diretor do hospital e representantes de uma empresa que trabalhava na reforma do centro médico, informou Sun Haitao, alto funcionário do Departamento de Segurança Pública de Pequim.
Muitos policiais foram enviados ao local e curiosos tentavam filmar o hospital com seus smartphones nesta quarta-feira.
Imagens do centro médico publicadas pelo jornal econômico Caixin mostram leitos completamente destruídos.
As chamas foram controladas 30 minutos após o início do incêndio e as equipes de emergência retiraram 71 pacientes nas duas horas seguintes, informou ou jornal oficial Diário de Pequim.
Muitas imagens foram compartilhadas nas redes sociais de pessoas que tentavam evitar as chamas e sentaram nas unidades externas dos sistemas de ar condicionado ou utilizaram lençóis para pular pelas janelas do hospital.
As autoridades não divulgaram o número de feridos no incêndio nem informações sobre o estado de saúde destas pessoas.
“A prioridade é curar os feridos”, declarou Yin Li, secretário do Partido Comunista em Pequim, que visitou o local da tragédia.
Ele recomendou “a formação de uma equipe de trabalho municipal”, entre outras medidas, para “identificar rapidamente a causa do acidente e responsabilizar os responsáveis, de acordo com a lei”.
Não está claro se todos os pacientes do hospital foram encontrados e retirados durante o incêndio, que atingiu o prédio leste do departamento de internação do hospital privado.
As mortes foram confirmadas depois que as vítimas foram levadas para outro hospital não identificado, segundo o Diário de Pequim.
Parentes dos pacientes afirmaram que perderam contato com os internados, em particular os idosos com mais dificuldades de locomoção, informou o também oficial Diário da Juventude.
O hospital Changfeng fica na zona oeste da capital, a 25 minutos de carro da Praça Tiananmen (Paz Celestial).
Os incêndios com vítimas fatais são relativamente comuns na China devido aos padrões de segurança pouco rigorosos.
Dez pessoas morreram em novembro em um incêndio em um prédio residencial na província de Xinjiang (noroeste), o que gerou muitos protestos contra os confinamentos adotados para conter os focos de covid-19.
(Com informações de AFP)
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