Situação em Gaza é ‘devastadora’ para a economia palestina, reforça o FMI

A atividade econômica no enclave despencou 80% entre outubro e dezembro de 2023

Registro de bombardeio israelense contra Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 22 de janeiro de 2024. Foto: AFP

Apoie Siga-nos no

A guerra entre Israel e o Hamas “devastou” a economia palestina na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, declarou neste domingo 11 a chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.

“As perspectivas desastrosas para a economia palestina pioram à medida que o conflito continua”, disse Georgieva em uma cúpula em Dubai.  “Somente uma paz duradoura e uma solução política mudarão fundamentalmente a situação.”

Apesar dos esforços internacionais para alcançar um cessar-fogo, a guerra, desencadeada em 7 de outubro com o ataque sem precedentes do grupo islamista palestino em solo israelense, continua a se intensificar.

Na Faixa de Gaza, devastada pelas operações militares israelenses lançadas em resposta ao ataque, a atividade econômica despencou 80% entre outubro e dezembro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a responsável da organização financeira.

Na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, a queda foi de 22%, disse ela na abertura da cúpula, que todos os anos reúne figuras empresariais e políticas proeminentes dos Emirados Árabes Unidos.

Além dos Territórios Palestinos, a guerra teve impacto no setor do turismo nos países vizinhos, como o Egito e o Líbano.


Os ataques dos rebeldes huthis ao longo da costa do Iêmen contra navios comerciais, ações que reivindicam em “solidariedade” com os palestinos de Gaza, levaram a “um aumento nos custos de frete e a uma redução no volume de trânsito no Mar Vermelho de quase 50% este ano”, acrescentou Georgieva, no seu discurso publicado no site do FMI.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.