Economia
Sindicato descarta ‘oferta final’ da Boeing que buscava acabar com greve
Mais de 33 mil operários da região de Seattle estão em greve desde 13 de setembro, no contexto das negociações de um novo acordo coletivo
Líderes sindicais rejeitaram na noite desta segunda-feira (23) a oferta da fabricante de aviões norte-americana Boeing de um aumento salarial de 30% em quatro anos, com a qual buscava encerrar uma greve antes de 27 de setembro.
“Essa proposta não é suficiente para atender nossas preocupações, e a Boeing errou o alvo”, disse o Sindicato Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) a seus membros.
O sindicato especificou que não votará a proposta que a empresa considerou como sua “oferta final”, cujo prazo estava fixado até sexta-feira à meia-noite.
Mais de 33 mil operários da região de Seattle (noroeste) estão em greve desde 13 de setembro, no contexto das negociações de um novo acordo coletivo.
Um acordo preliminar entre o sindicato e a empresa foi rejeitado em 12 de setembro por 95% dos trabalhadores. Esse acordo incluía um aumento de 25%, mas deixava de fora bônus anuais, o que, segundo os trabalhadores, fazia com que o percentual real de aumento salarial fosse menor do que o anunciado.
Essa nova proposta, que também foi rejeitada, reincorporava os bônus anuais, dobrava o valor da bonificação pela ratificação do acordo para 6 mil dólares e aumentava a contribuição da empresa para os programas de aposentadoria.
A produção do próximo modelo de avião, prevista para 2035, foi mantida como no esboço anterior do acordo, na região de Seattle.
O novo acordo buscava substituir o antigo contrato, que já tinha 16 anos, e que foi alcançado após uma greve de 57 dias. O acordo foi prorrogado em 2011 e 2014.
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