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Sheinbaum ameaça processar o Google por mudança no nome do Golfo do México

A presidenta do México enviou uma carta à empresa, que manteve sua posição

Sheinbaum ameaça processar o Google por mudança no nome do Golfo do México
Sheinbaum ameaça processar o Google por mudança no nome do Golfo do México
A presidenta presta contas diárias aos eleitores – Imagem: Gerardo Luna/Presidência do México
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A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, ameaçou, nesta quinta-feira 13, processar o Google, parte do conglomerado americano Alphabet, devido à mudança de nome do Golfo do México nos mapas que a empresa exibe em suas plataformas.

“Com quem estamos tendo uma disputa neste momento é com o Google. E, se necessário, vamos para uma ação civil”, disse a mandatária em sua coletiva de imprensa matinal, após apontar erros na forma como a empresa fez a mudança de nome dessa área geográfica, após um recente decreto do presidente americano, Donald Trump.

Sheinbaum explicou que a ordem assinada pelo presidente americano para mudar o nome da área para Golfo da América refere-se apenas à parte da plataforma continental que pertence aos Estados Unidos e onde esse país exerce soberania.

“Se houvesse alguma atribuição do governo dos Estados Unidos, como está no decreto assinado, é somente sobre seu pedacinho de plataforma continental”, acrescentou a presidenta.

Sheinbaum informou que seu governo enviou uma carta ao Google por meio do Ministério das Relações Exteriores mexicano para explicar que “eles estão equivocados”, indicando também o que diz o decreto assinado por Trump e as normas internacionais sobre o assunto.

A empresa, no entanto, manteve sua posição, comentou a presidente.

“Se continuarem insistindo, nós também, estamos pensando até em uma ação judicial, porque estão até nomeando sobre o território mexicano, que é nossa plataforma continental”, afirmou Sheinbaum.

Ela argumentou ainda que, embora o Google seja uma empresa privada, se tornou uma referência internacional devido ao mapeamento que faz de todo o planeta.

“O que estamos dizendo ao Google é: ‘reveja o decreto que foi emitido pela Casa Branca e assinado pelo presidente Trump. Você verá nesse decreto que não se refere a todo o Golfo, mas sim à plataforma continental'”, acrescentou Sheinbaum.

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