Mundo
Seul apresenta míssil de alta precisão capaz de atacar a Coreia do Norte
Segundo o ministério da Defesa sul-coreano, o míssil “pode identificar e atacar a janela do gabinete de comando do quartel-general do Norte”. O anúncio veio dois dias após o terceiro teste nuclear do vizinho do Norte.
SEUL (AFP) – A Coreia do Sul anunciou, nesta quinta-feira 14, que havia mobilizado um novo míssil de cruzeiro suficientemente preciso para poder atacar diretamente membros do comando militar norte-coreano. O anúncio veio dois dias após o terceiro teste nuclear da Coreia do Norte.
O ministério da Defesa sul-coreano apresentou à imprensa imagens deste míssil que foi mobilizado recentemente, e que pode ser disparado a partir de um barco de guerra ou de um submarino.
“O míssil de cruzeiro apresentado hoje (quinta-feira 14) é uma arma guiada de precisão que pode identificar e atacar a janela do gabinete de comando do quartel-general do Norte”, indicou à imprensa Kim Min-Seok, porta-voz do ministério.
Seul havia anunciado na quarta-feira 13 que reforçará seu sistema de mísseis balísticos, dotando-os de um alcance suficiente para cobrir toda a Coreia do Norte.
Em outubro do ano passado, a Coreia do Sul fez um acordo com os Estados Unidos para quase triplicar o alcance de seus sistemas de mísseis e melhorar assim seu dispositivo, em resposta aos programas de mísseis e nuclear da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos têm 28.500 homens mobilizados na Coreia do Sul, onde asseguram um “guarda-chuva” em caso de ataque nuclear. Em troca desta proteção, a Coreia do Sul aceita limitar seu sistema de mísseis.
Antes do acordo de outubro, a capacidade da Coreia do Sul estava limitada a mísseis de até 300 km de alcance.
A nova extensão não apenas coloca a Coreia do Norte ao alcance dos mísseis do Sul, mas também partes de China e Japão.
Alguns especialistas consideram que inclusive dotará a Coreia do Sul da capacidade de lançar ataques preventivos contra instalações nucleares norte-coreanas.
Após o teste nuclear da Coreia do Norte realizado na terça-feira, o chefe da agência sul-coreana de inteligência advertiu que Pyongyang pode realizar outro teste nuclear ou lançar um novo foguete nos próximos dias ou semanas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.