O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou nesta quinta-feira 10 que uma guerra nuclear seria impossível “por definição”, porque “levaria ao fim da civilização”.
Na véspera, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou como “blefe” uma suposta ameaça de escalada nuclear em meio à guerra deflagrada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
“Uma coisa é ser um assassino. Outra é cometer suicídio”, disse Zelensky em entrevista ao jornal alemão Die Zeit. “O Kremlin não esperava que esta guerra fosse uma Grande Guerra Patriótica para nós – exatamente como a que a União Soviética lutou contra Hitler.”
Zelensky também afirmou que “você só ameaça o uso de armas nucleares quando nada mais está funcionando”.
Logo após autorizar a operação militar contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, Putin colocou em alerta máximo as “forças de dissuasão nuclear” de Moscou.
Nesta quinta, Igor Vishnevetsky, vice-diretor do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, se manifestou sobre o tema.
“A guerra nuclear não pode ser encenada por definição porque isso resultaria no fim da civilização, da humanidade. Não podemos permitir isso de forma alguma”, disse Vishnevetsky, citado por agências russas.
Ele ainda declarou que os armamentos nucleares são tão avançados que uma guerra nuclear implicaria uma rápida troca de ataques que “ninguém seria capaz de parar”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login