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Senado dos EUA fala em “erro terrível” sobre torturas

Comissão aprovou por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA

Senado dos EUA fala em “erro terrível” sobre torturas
Senado dos EUA fala em “erro terrível” sobre torturas
Homem caminha na sede da CIA em Langley, Virginia. Foto: ©afp.com / Saul Loeb
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WASHINGTON (AFP) – Depois de três anos e meio de investigações, um comitê do Senado americano considerou que o uso de “técnicas de interrogatório violentas” foi um “erro terrível”.

O informe e suas 20 conclusões são, no entanto, confidenciais e devem ser analisados pelos encarregados do governo de Barack Obama antes de uma possível divulgação, dentro de vários meses.

“Acredito firmemente que a criação de ‘locais clandestinos’ de longo prazo e o uso das chamadas ‘técnicas de interrogatório intensificadas’ foram erros terríveis”, disse Dianne Feinstein, presidente do Comitê de Informação, depois de uma reunião a portas fechadas. “A maioria da comissão está de acordo” com isto, acrescentou.

A poderosa senadora democrata também considerou, em nível pessoal, mas com base no relatório da investigação, que o uso destas técnicas, especialmente a da simulação de afogamento em tonéis de água, não levou à informação que permitiu localizar o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, morto no Paquistão em 2013 durante uma incursão de comandos americanos.

No entanto, isto está em uma cena de tortura que aparece no início de “Dark Zero Thirty”, novo filme da cineasta Kathryn Bigelow, que conta a caçada ao líder da Al-Qaeda pela CIA.

Segundo o filme, as pistas foram obtidas com a tortura a suspeitos. O filme estreou este mês nos cinemas americanos e despertou um grande interesse no país, pois a diretora teve acesso a funcionários da administração Obama.

Os senadores da comissão aprovaram por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA, “as condições sob as quais ocorreram, como foram entrevistados, a informação que efetivamente deram”, destacou Feinstein.

Todos os republicanos da comissão, com exceção de um, votaram contra a adoção do texto, demonstrando a polêmica que continua cercando este tipo de interrogatório.

 

Leia mais em AFP Movel.

WASHINGTON (AFP) – Depois de três anos e meio de investigações, um comitê do Senado americano considerou que o uso de “técnicas de interrogatório violentas” foi um “erro terrível”.

O informe e suas 20 conclusões são, no entanto, confidenciais e devem ser analisados pelos encarregados do governo de Barack Obama antes de uma possível divulgação, dentro de vários meses.

“Acredito firmemente que a criação de ‘locais clandestinos’ de longo prazo e o uso das chamadas ‘técnicas de interrogatório intensificadas’ foram erros terríveis”, disse Dianne Feinstein, presidente do Comitê de Informação, depois de uma reunião a portas fechadas. “A maioria da comissão está de acordo” com isto, acrescentou.

A poderosa senadora democrata também considerou, em nível pessoal, mas com base no relatório da investigação, que o uso destas técnicas, especialmente a da simulação de afogamento em tonéis de água, não levou à informação que permitiu localizar o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, morto no Paquistão em 2013 durante uma incursão de comandos americanos.

No entanto, isto está em uma cena de tortura que aparece no início de “Dark Zero Thirty”, novo filme da cineasta Kathryn Bigelow, que conta a caçada ao líder da Al-Qaeda pela CIA.

Segundo o filme, as pistas foram obtidas com a tortura a suspeitos. O filme estreou este mês nos cinemas americanos e despertou um grande interesse no país, pois a diretora teve acesso a funcionários da administração Obama.

Os senadores da comissão aprovaram por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA, “as condições sob as quais ocorreram, como foram entrevistados, a informação que efetivamente deram”, destacou Feinstein.

Todos os republicanos da comissão, com exceção de um, votaram contra a adoção do texto, demonstrando a polêmica que continua cercando este tipo de interrogatório.

 

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