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Senado dos EUA dá primeiro passo para oferecer ajuda militar direta a Taiwan

A medida marca uma nova aproximação entre os Estados Unidos e Taiwan, no momento em que as relações entre Pequim e Washington estão no ponto mais baixo em décadas

Senado dos EUA dá primeiro passo para oferecer ajuda militar direta a Taiwan
Senado dos EUA dá primeiro passo para oferecer ajuda militar direta a Taiwan
O cruzador de mísseis USS Chancellorsville (CG 62) atravessa o estreito de Taiwan em 28 de agosto de 2022. Imagem de cortesia da Marinha dos EUA. Foto: US NAVY / AFP
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Um comitê do Senado americano deu nesta quarta-feira o primeiro passo para que os Estados Unidos forneçam diretamente bilhões de dólares em ajuda militar a Taiwan, reforçando seu apoio em resposta à tensão crescente com Pequim.

O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou o projeto de lei Política de Taiwan, para entregar US$ 4,5 bilhões em ajuda militar no decorrer de quatro anos à ilha, que comprou equipamentos de Washington durante décadas.

“Trata-se da revisão mais importante da política americana para Taiwan” desde 1979, quando Washington reconheceu Pequim ao mesmo tempo que concordou em manter a capacidade de autodefesa de Taiwan, assinalaram os senadores Bob Menendez e Lindsey Graham, que impulsionam a iniciativa.

Seu projeto de lei também exige que o presidente americano imponha sanções às principais instituições financeiras chinesas em resposta a qualquer “escalada de atos hostis contra Taiwan”. Além disso, daria à ilha o status de “aliado principal não pertencente à Otan”.

O texto deve agora ser aprovado no plenário do Senado, e depois na Câmara de Representantes, antes de ser promulgado pelo presidente Joe Biden.

O gabinete da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, expressou nesta quinta-feira “sincera gratidão” aos Estados Unidos “por demonstrar mais uma vez sua amizade bipartidária e seu apoio Taiwan”.

A medida marca uma aproximação importante entre os Estados Unidos e Taiwan, no momento em que as relações entre Pequim e Washington estão no ponto mais baixo em décadas.

A China considera Taiwan, com uma população de quase 23 milhões de habitantes, parte de seu território e prometeu retomá-la inclusive pela força, se considerar necessário.

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