Senado dos EUA caminha para chegar a acordo modesto sobre controle de armas

No país, cresce a pressão para conter uma onda de violência que inclui os massacres recentes nos estados de Texas e Nova York

Oito dias depois da escola no Texas, outra tragédia em Tulsa - Imagem: Departamento de Polícia de Tulsa/EUA

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Um grupo bipartidário de senadores dos Estados Unidos deve retomar as negociações nesta quinta-feira 2 sobre um projeto de lei de controle de armas modesto, no momento em que cresce a pressão no país para conter uma onda de violência que inclui os massacres recentes nos estados de Texas e Nova York.

Nove senadores se reuniram esta semana para discutir uma resposta aos ataques de atiradores que causam comoção no país, com algum otimismo sobre a possibilidade de obter reformas.

O grupo se concentrou na segurança nas escolas, no fortalecimento dos serviços de cuidado à saúde mental e em incentivos para que os estados concedam aos tribunais a capacidade de retirar temporariamente as armas de pessoas consideradas perigosas.

A republicana moderada Susan Collins disse que o grupo estava fazendo “rápidos progressos”, enquanto o senador democrata Chris Murphy declarou que “nunca havia visto tantos republicanos sentados na mesa e dispostos a dialogar”.

“Algo diferente está acontecendo agora mesmo e espero que isso resulte em uma lei no Senado”, disse Murphy à emissora MSNBC na quarta-feira.

Os legisladores estão conscientes de que correm o risco de perder o impulso se a urgência de reformas desatada pelos massacres se dissipar, e outro grupo menor está realizando discussões paralelas sobre a ampliação da verificação de antecedentes de compradores de armas.


O desafio político de legislar em um Senado dividido em partes iguais (50-50), onde a maioria dos projetos de lei precisa de 60 votos para a aprovação, significa que reformas de maior alcance têm poucas chances de prosperar.

Mitch McConnell, líder dos senadores republicanos, afirmou aos jornalistas que os congressistas estão se concentrando na “saúde mental e na segurança nas escolas”, e não nas armas.

Por outro lado, os democratas na Câmara dos Representantes estão sim dispostos a aprovar uma lei muito mais ampla, mas em grande medida simbólica, que incluiria subir de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar fuzis semiautomáticos.

A proposta provavelmente será aprovada na Câmara na próxima semana, antes de ser enterrada pela oposição republicana no Senado.

 

 

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