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Senado dos EUA aprova ajuda à Ucrânia; texto deve ser rejeitado na Câmara Baixa

O projeto de lei, que o Senado votou nesta madrugada e aprovou com apoio bipartidário, não inclui mudanças na política de imigração dos EUA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Anatolii Stepanov/AFP
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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (13) 60 bilhões de dólares (298 bilhões de reais) em financiamento para a Ucrânia, mas o projeto corre o risco de não ser aprovado pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, segundo o seu presidente Mike Johnson.

O pacote de 95 bilhões de dólares (472 bilhões de reais) inclui financiamento para as forças armadas de Israel e para o seu aliado estratégico, Taiwan, mas a maior parte – 60 bilhões de dólares – ajudaria a Ucrânia a repor os esgotados fornecimentos de munições, armas e outras necessidades cruciais à medida que entra no terceiro ano de guerra.

O projeto de lei, que o Senado votou nesta madrugada e aprovou com apoio bipartidário, não inclui mudanças na política de imigração dos EUA. Exclui as reformas migratórias e foi aprovado por 70 votos a favor e 29 contra, com o apoio de vários republicanos.

Um texto anterior do Senado, que cobria tanto a fronteira como a ajuda externa, foi bloqueado por membros do próprio partido de Johnson, depois de este também ter prometido derrubá-lo na Câmara dos Representantes devido a preocupações de que não abordasse suficientemente as travessias ilegais de fronteira.

“Os republicanos da Câmara foram muito claros desde o início das discussões que qualquer legislação suplementar de segurança nacional deve reconhecer que a segurança nacional começa na nossa própria fronteira”, disse Johnson em um comunicado.

Johnson já havia declarado que o primeiro projeto de lei do Senado, que incluía algumas das restrições à imigração mais duras em décadas, mas que, segundo ele, não ia suficientemente longe, estaria “morto assim que chegasse” à sua câmara.

A sua retórica correspondeu à do ex-presidente Donald Trump, que apelou energicamente à rejeição do projeto de lei enquanto se candidata novamente e procura explorar a suposta fraqueza de Joe Biden na migração.

(Com AFP)

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