Mundo
Senado dos EUA aprova ajuda à Ucrânia; texto deve ser rejeitado na Câmara Baixa
O projeto de lei, que o Senado votou nesta madrugada e aprovou com apoio bipartidário, não inclui mudanças na política de imigração dos EUA


O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (13) 60 bilhões de dólares (298 bilhões de reais) em financiamento para a Ucrânia, mas o projeto corre o risco de não ser aprovado pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, segundo o seu presidente Mike Johnson.
O pacote de 95 bilhões de dólares (472 bilhões de reais) inclui financiamento para as forças armadas de Israel e para o seu aliado estratégico, Taiwan, mas a maior parte – 60 bilhões de dólares – ajudaria a Ucrânia a repor os esgotados fornecimentos de munições, armas e outras necessidades cruciais à medida que entra no terceiro ano de guerra.
O projeto de lei, que o Senado votou nesta madrugada e aprovou com apoio bipartidário, não inclui mudanças na política de imigração dos EUA. Exclui as reformas migratórias e foi aprovado por 70 votos a favor e 29 contra, com o apoio de vários republicanos.
Um texto anterior do Senado, que cobria tanto a fronteira como a ajuda externa, foi bloqueado por membros do próprio partido de Johnson, depois de este também ter prometido derrubá-lo na Câmara dos Representantes devido a preocupações de que não abordasse suficientemente as travessias ilegais de fronteira.
“Os republicanos da Câmara foram muito claros desde o início das discussões que qualquer legislação suplementar de segurança nacional deve reconhecer que a segurança nacional começa na nossa própria fronteira”, disse Johnson em um comunicado.
Johnson já havia declarado que o primeiro projeto de lei do Senado, que incluía algumas das restrições à imigração mais duras em décadas, mas que, segundo ele, não ia suficientemente longe, estaria “morto assim que chegasse” à sua câmara.
A sua retórica correspondeu à do ex-presidente Donald Trump, que apelou energicamente à rejeição do projeto de lei enquanto se candidata novamente e procura explorar a suposta fraqueza de Joe Biden na migração.
(Com AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA rejeita pacote de ajuda à Ucrânia
Por AFP
EUA: acordo entre Israel e Hamas permanece possível
Por CartaCapital
Kiev acusa SpaceX de deixar tropas russas usarem satélites Starlink em regiões ocupadas da Ucrânia
Por RFI