“Debatemos muito o tema da segurança pública durante a campanha eleitoral. Seu conceito tem de mudar.” Manhã ensolarada da sexta-feira 19. Gustavo Petro, recém-empossado na presidência da Colômbia, pontuava um improviso de meia hora com um lápis na mão, que fazia as vezes da batuta de regente. Estava num púlpito ladeado pela cúpula militar, por vários ministros, além de centenas de integrantes das forças de segurança, em frente à imensa área ao ar livre da Escola de Cadetes General Santander, o mais importante centro de formação policial do país, em Bogotá. O objetivo era dar posse à nova cúpula da Polícia Nacional.
Consolidava-se ali a mais ousada mudança no comando das Forças Armadas feita na Colômbia. “Até aqui medimos a eficiência da segurança pelo número de mortes ou de presos em cada ação policial. Os indicadores não melhoraram, ao contrário”, sublinhou, opondo-se às violentas orientações das últimas décadas.
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