Mundo

Sem Evo Morales, eleição para presidente da Bolívia terá 10 candidatos

O ex-presidente apoia os bloqueios de estradas realizados em todo o país desde segunda-feira como forma de protesto

Sem Evo Morales, eleição para presidente da Bolívia terá 10 candidatos
Sem Evo Morales, eleição para presidente da Bolívia terá 10 candidatos
Apoiadores do ex-presidente da Bolívia Evo Morales. Foto: Jorge Bernal/AFP
Apoie Siga-nos no

Dez candidatos disputarão a presidência da Bolívia nas eleições gerais de agosto, informou, nesta sexta-feira 6, o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE, na sigla em espanhol), uma lista da qual Evo Morales não participa.

Morales, de 65 anos, não conseguiu registrar sua candidatura pelo partido “Pan-bol”, porque o TSE anulou previamente a personalidade jurídica dessa organização por descumprimento da lei.

O ex-presidente insiste em sua candidatura, ignorando uma decisão judicial que proíbe mais de uma reeleição presidencial. Morales governou a Bolívia por três mandatos entre 2006 e 2019.

O líder de esquerda apoia os bloqueios de estradas que estão sendo realizados em todo o país desde segunda-feira como forma de protesto.

O presidente do TSE, Óscar Hassenteufel, explicou que o órgão não considerou a situação de Morales, por não ter partido. “O Supremo Tribunal Eleitoral decidiu tomar uma decisão cancelando a personalidade jurídica do partido [Pan-bol]”, afirmou.

Na lista de candidatos figura o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, que rompeu vínculos tanto com Morales, seu mentor político, quanto com o atual presidente Luis Arce, que está em confronto com Morales, de quem foi ministro da Economia.

Rodríguez é o principal candidato presidencial de um bloco de candidatos de esquerda que inclui o ex-ministro do Governo Eduardo del Castillo (do Movimento ao Socialismo) e a prefeita da cidade de El Alto, Eva Copa (do partido Morena). Del Castillo substitui como candidato Luis Arce, que decidiu não buscar a reeleição, pressionado por protestos sociais devido a uma grave crise econômica.

O bloco da oposição de direita é liderado pelo empresário Samuel Doria Medina (Unidad), o ex-presidente Jorge Quiroga (Libre) e o prefeito da cidade de Cochabamba, Manfred Reyes Villa (Autonomia Para Bolívia).

Uma pesquisa feita no início do mês pela empresa Ipsos CIESMORI, divulgada pelo canal privado Unitel, estabeleceu que Doria Medina lidera as intenções de voto com 19,1%, seguido por Quiroga (18,4%), Rodríguez (14,2%) e Reyes Villa (7,9%).

As eleições serão realizadas em 17 de agosto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo