Secretário-geral da ONU se diz ‘profundamente angustiado’ com cerco de Israel a Gaza

António Guterres pediu a aplicação de todos os esforços para 'evitar qualquer repercussão para o resto do Oriente Médio'

Agente de segurança de Israel perto de um carro atingido por um míssil em Sderot, em 9 de outubro. Foto: Jack Guez/AFP

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta segunda-feira 9 estar “profundamente angustiado” com a imposição de um cerco total por Israel à Faixa de Gaza, após o ataque do Hamas ao país.

“Embora reconheça as preocupações legítimas de Israel com a sua segurança, também lembro que as operações militares devem ser realizadas de acordo com o direito humanitário internacional”, disse Guterres a jornalistas, condenando mais uma vez os “ataques abjetos” do movimento palestino islamita Hamas.

“Os civis devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos. As infraestruturas civis nunca devem ser um alvo”, insistiu. Ele reforçou que instalações de saúde, blocos de apartamentos e escolas foram atingidos por mísseis israelenses em Gaza.

“Estou profundamente angustiado com o anúncio feito hoje por Israel de um cerco total à Faixa de Gaza. Nada será permitido entrar, nem eletricidade, nem comida, nem combustível”, prosseguiu. “A situação humanitária em Gaza era extremamente difícil antes das hostilidades, agora se degradará exponencialmente.”

Ele pediu que sejam feitos todos os esforços possíveis para “evitar qualquer repercussão para o resto do Oriente Médio”.

“É hora de pôr fim a este ciclo vicioso de massacres, ódio e polarização”, declarou, destacando que somente uma “paz negociada que responda às aspirações legítimas” de palestinos e israelenses, em linha com uma solução de dois Estados, poderia trazer “estabilidade a longo prazo” à região.


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