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Secretário-geral da ONU está preocupado com aumento da violência na Cisjordânia

A região se tornou um dos principais alvos de Israel após o início da trégua com o Hamas em Gaza

Secretário-geral da ONU está preocupado com aumento da violência na Cisjordânia
Secretário-geral da ONU está preocupado com aumento da violência na Cisjordânia
Um soldado israelense gesticula durante um ataque à cidade ocupada de Qabatiya, na Cisjordânia, ao norte de Jenin, em 23 de fevereiro de 2025. Foto: Jaafar ASHTIYEH / AFP
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O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou nesta segunda-feira que está “preocupado” com o “aumento da violência” na Cisjordânia e com “os apelos de anexação”, depois que Israel anunciou a ampliação de suas operações no território palestino.

“Estou gravemente preocupado com o aumento da violência e outras violações cometidas na Cisjordânia ocupada pelos colonos israelenses, assim como com os apelos de anexação”, declarou Guterres ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

Israel anunciou no domingo que expulsou dezenas de milhares de palestinos de três campos de refugiados no norte da Cisjordânia ocupada e proibiu seu retorno.

O exército israelense efetua há um mês uma grande operação nesse setor, que recebeu o nome “Muro de Ferro” e visa os grupos armados palestinos na Cisjordânia.

Também no domingo, o exército israelense anunciou o envio de tanques a Jenin. É a primeira vez que tanques operam na Cisjordânia desde o fim da segunda Intifada palestina, em 2005.

Tanques israelenses em Jenin, na Cisjordânia.
Foto: Jaafar ASHTIYEH / AFP

A violência na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, explodiu desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.

Em 19 de janeiro, as duas partes concordaram com um cessar-fogo em Gaza, mas a trégua parece cada vez mais frágil.

“Assistimos a um cessar-fogo precário. Devemos evitar a todo custo uma retomada das hostilidades”, declarou Guterres, antes de destacar que os habitantes de Gaza já “sofreram demais”.

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