Mundo
Secretário de Trump sai em defesa de ex-presidente colombiano condenado por suborno
Álvaro Uribe foi condenado pela Justiça por tentar subornar um paramilitar para evitar que o vinculasse a esquadrões de extrema-direita
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, saiu em defesa nesta segunda-feira 28 do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, condenado pela Justiça por tentar subornar um paramilitar para evitar que o vinculasse a esquadrões de extrema-direita.
Segundo o membro do governo Donald Trump, o “único crime” de Uribe foi “lutar e defender incansavelmente sua pátria”. “A instrumentalização do judiciário colombiano por juízes radicais abriu um precedente preocupante”, disse na rede social X.
Não é a primeira vez que Rubio se manifesta contra uma decisão da Justiça de algum País da América Latina. O secretário de Trump já criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e chamou a ação contra Jair Bolsonaro (PL) de “caça às bruxas política”.
Condenação de Uriba
O ex-presidente colombiano foi condenado nesta segunda-feira em primeira instância. O longo processo judicial começou em 2012, quando Uribe acionou na Justiça o congressista de esquerda Iván Cepeda por buscar presos para acusá-lo de ter vínculos com os paramilitares de extrema-direita.
Em uma reviravolta inesperada, em 2018 a Corte Suprema de Justiça mudou o rumo da investigação ao suspeitar que foi Uribe, então congressista, quem tentou suborná-los para alterarem suas versões.
A declaração de culpabilidade do político colombiano mais influente do século, muito popular por sua linha dura contra as guerrilhas, representa um duro golpe à direita conservadora com vistas às eleições presidenciais de 2026.
O ex-presidente defende sua inocência e declarou que se tratava de um julgamento político motivado por um desejo de “vingança” da esquerda, da extinta guerrilha Farc e do ex-presidente Juan Manuel Santos, que assinou o acordo que desarmou os rebeldes em 2017.
(Com informações da Agência Brasil).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



