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Secretário de Trump sai em defesa de ex-presidente colombiano condenado por suborno

Álvaro Uribe foi condenado pela Justiça por tentar subornar um paramilitar para evitar que o vinculasse a esquadrões de extrema-direita

Secretário de Trump sai em defesa de ex-presidente colombiano condenado por suborno
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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP via Getty Images
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, saiu em defesa nesta segunda-feira 28 do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, condenado pela Justiça por tentar subornar um paramilitar para evitar que o vinculasse a esquadrões de extrema-direita.

Segundo o membro do governo Donald Trump, o “único crime” de Uribe foi “lutar e defender incansavelmente sua pátria”. “A instrumentalização do judiciário colombiano por juízes radicais abriu um precedente preocupante”, disse na rede social X.

Não é a primeira vez que Rubio se manifesta contra uma decisão da Justiça de algum País da América Latina. O secretário de Trump já criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e chamou a ação contra Jair Bolsonaro (PL) de “caça às bruxas política”.

Condenação de Uriba

O ex-presidente colombiano foi condenado nesta segunda-feira em primeira instância. O longo processo judicial começou em 2012, quando Uribe acionou na Justiça o congressista de esquerda Iván Cepeda por buscar presos para acusá-lo de ter vínculos com os paramilitares de extrema-direita.

Em uma reviravolta inesperada, em 2018 a Corte Suprema de Justiça mudou o rumo da investigação ao suspeitar que foi Uribe, então congressista, quem tentou suborná-los para alterarem suas versões.

A declaração de culpabilidade do político colombiano mais influente do século, muito popular por sua linha dura contra as guerrilhas, representa um duro golpe à direita conservadora com vistas às eleições presidenciais de 2026.

O ex-presidente defende sua inocência e declarou que se tratava de um julgamento político motivado por um desejo de “vingança” da esquerda, da extinta guerrilha Farc e do ex-presidente Juan Manuel Santos, que assinou o acordo que desarmou os rebeldes em 2017.

(Com informações da Agência Brasil).

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