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Rússia supera a Ucrânia em munições na proporção de 6 para 1, diz Kiev

A Ucrânia tenta pressionar o Congresso dos EUA a aprovar um pacote de ajuda militar de 60 bilhões de dólares, estagnado há meses

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma coletiva de imprensa em Kiev, em 25 de fevereiro de 2024. Foto: Sergei Supinsky/AFP
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A Rússia supera as forças da Ucrânia em uma proporção de seis para um em termos de munições, afirmou o comandante em chefe das Forças Armadas de Kiev, Oleksander Syrsky, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira 29.

“Há alguns dias, a vantagem do inimigo em termos de munição disparada era de aproximadamente seis para um”, declarou Syrsky à agência de notícias Ukrinform. “As forças de defesa estão desempenhando agora tarefas ao longo de toda a vasta linha de frente, com poucas ou sem armas e munições”, alertou, antes de destacar que a situação é “tensa” em algumas áreas.

Syrsky assumiu o cargo de comandante em chefe em fevereiro, depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destituiu seu popular antecessor, Valeri Zaluzhny.

Nos últimos meses, a Rússia “aumentou significativamente a atividade da aviação, utilizando KABs, bombas aéreas guiadas que destroem as nossas posições”, acrescentou.

A Ucrânia tenta pressionar o Congresso dos Estados Unidos a aprovar um pacote de ajuda militar de 60 bilhões de dólares, estagnado há vários meses.

“Esperamos receber dos nossos aliados mais sistemas de defesa antiaérea e, o que é mais importante, mísseis”, declarou Syrsky. “Nós seríamos ainda mais agradecidos se essa ajuda chegasse de maneira mais rápida e em quantidades suficientes.”

A Ucrânia perdeu território que “sem dúvida teria conservado com um número suficiente de sistemas de defesa antiaérea e projéteis de artilharia”, disse o comandante em chefe. “Temos que admitir que não conseguimos um sucesso maior durante a ofensiva de Kharkiv porque faltaram recursos.”

A Rússia construiu linhas de defesas pesadas no sul, que a Ucrânia não conseguiu romper na sua contraofensiva do verão do ano passado.

“O ataque a essas posições, sem um apoio aéreo eficaz, custou perdas humanas e de equipamentos”, disse Syrsky.

“O caso mais recente é Avdiivka”, acrescentou, em referência à cidade do leste do país que a Rússia controla desde fevereiro. “A falta de munições para a nossa artilharia também teve um papel negativo.”

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