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Rússia substitui comandante de sua ofensiva na Ucrânia após várias derrotas

Serguei Surovikin foi nomeado comandante do agrupamento combinado de tropas na zona da operação militar especial, anunciou o ministro russo da Defesa

Foto: Russian Defence Ministry / AFP
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O Exército russo anunciou, neste sábado 8, a nomeação de um novo comandante para sua “operação militar especial” na Ucrânia, após uma série de derrotas no terreno e crescente descontentamento entre a elite russa.

“O general do Exército Serguei Surovikin foi nomeado comandante do agrupamento combinado de tropas na zona da operação militar especial” na Ucrânia, anunciou o ministro russo da Defesa no Telegram.

Surovikin, de 55 anos, é um veterano da guerra civil no Tadjiquistão nos anos 1990, da segunda guerra da Chechênia (anos 2000) e da intervenção russa na Síria, lançada em 2015.

Até agora, liderava o agrupamento das forças “Sul” na Ucrânia, de acordo com um relatório do ministério russo, datado de julho.

O nome de seu antecessor nunca foi revelado oficialmente, mas de acordo com a mídia russa era o general Alexander Dnornikov, outro veterano da segunda guerra chechena e comandante das forças russas na Síria de 2015 a 2016.

A decisão se dá após uma série de derrotas na Ucrânia.

As forças de Moscou foram expulsas no início de setembro da maior parte da região de Kharkiv – no âmbito de uma contraofensiva ucraniana que permitiu que Kiev recuperasse milhares de quilômetros quadrados de território.

As tropas russas também perderam 500 quilômetros quadrados na região de Kherson, no sul da Ucrânia, e escaparam por pouco de um cerco em Liman, um importante centro logístico atualmente controlado pelos ucranianos.

Uma série de contratempos que levaram o líder checheno Ramzan Kadyrov a criticar, sobretudo, o comando militar; e um alto funcionário parlamentar, Andrei Kartapolov, a exortar publicamente o Exército a “parar de mentir” sobre suas derrotas.

O anúncio é feito no mesmo dia em que uma explosão destruiu parcialmente a ponte da Crimeia, chave para abastecer a península anexada por Moscou e as forças russas na Ucrânia.

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