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Rússia e Ucrânia têm de concluir que o custo da guerra é maior que o de concessões, diz Celso Amorim

O ex-chanceler teve uma série de compromissos na Ucrânia nesta quarta-feira 10

Registro da visita de Celso Amorim à Ucrânia. Foto: Reprodução/Redes Sociais/Andrij Melnyk
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O assessor especial de política externa da Presidência, Celso Amorim, teve uma série de compromissos na Ucrânia, nesta quarta-feira 10. A pauta incluiu uma agenda com o presidente Volodymyr Zelensky.

Após o encontro, o ex-chanceler afirmou ter explicado a proposta do governo Lula de formar um grupo de países para negociar a paz entre a Rússia e a Ucrânia.

“Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os dois lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões”, disse Amorim ao jornal O Globo.

O assessor afirmou ser natural que Zelensky “tenha as posições dele”, mas declarou ser necessário haver “um grupo de países que esteja trabalhando no assunto, discutindo com um e com outro, para que Ucrânia e Rússia possam conversar”.

Pelas redes sociais, o vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Melnyk, disse que o Brasil “pode desempenhar um papel importante para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa”.

Na terça 9, o presidente Lula (PT) recebeu a visita oficial do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, no Palácio do Planalto. Depois da reunião, tornou a defender a criação de uma espécie de “clube da paz”.

“Conversei com a China, vou conversar com a Índia, com a Indonésia, vou conversar com outros países no G7 para saber se a gente encontra o caminho. O primeiro caminho não é o da paz, é o da necessidade de parar a guerra. Quando parar a guerra, é possível que a gente crie condições de negociar o fim dessa guerra para sempre e que os países possam se colocar de acordo. Não é fácil”, disse o presidente.

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