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Rússia diz que só retoma fornecimento de gás para Europa se sanções do Ocidente forem suspensas

Estatal russa interrompeu suprimento na sexta-feira, alegando falhas técnicas

Escalada. O preço dos combustíveis dispara e o fornecimento de gás torna-se instável. As sanções ocidentais não abalaram a estratégia de Putin - Imagem: Gazprom, Kremlin Russia e iStockphoto
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A Rússia anunciou que só vai retomar o fluxo de fornecimento de gás de forma plena para a Europa quando o “coletivo do Ocidente” suspender as sanções impostas ao país por conta da invasão da Ucrânia.

Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, culpou as sanções da União Europeia, do Reino Unido e do Canadá pelas dificuldades que o país enfrenta para entregar o gás a países europeus.

A Gazprom anunciou na sexta-feira passada que interromperia o fornecimento de gás através do Nord Stream 1 devido a uma falha técnica. A empresa atribuiu o corte do fornecimento a dificuldades no reparo das turbinas fabricadas na Alemanha e no Canadá.

– Os problemas de bombeamento de gás surgiram por causa das sanções que os países ocidentais introduziram contra nosso país e várias empresas – disse Peskov, segundo a agência de notícias “Interfax. – Não há outras razões que possam ter causado esse problema de bombeamento.

A União Europeia, especialmente a Alemanha – país que está entre os mais dependentes do gás russo no continente – questiona a justificativa de Moscou para interromper o fornecimento.

– É importante lembrar que não existe apenas um gasoduto que conecta Rússia e Europa. Se houve um problema técnico que está impedindo o fornecimento via Nord Stream 1, haveria possibilidade, se houvesse disposição para isso, de entregar o gás à Europa por meio de outros gasodutos – disse Tim McPhie, porta-voz da área de energia da Comissão Europeia.

Os preços da energia deram um salto na Europa após a decisão da Rússia de interromper indefinidamente a oferta de gás natural para o continente por meio de seu maior gasoduto. A medida, que agrava a crise na região, pode levar as maiores economias à recessão e forçar o racionamento.

Os contratos futuros de referência do gás chegaram a subir 35%, o maior ganho em quase seis meses, enquanto os preços da eletricidade também aumentaram. O corte de oferta repercutiu nos mercados, com impacto nas ações e no euro, que caiu para a mínima em 20 anos.

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