Mundo
Rússia diz que negociações de paz com Ucrânia estão em ‘pausa’
Segundo o porta-voz do governo Putin, não há data definida para uma próxima rodada de conversações
A Rússia declarou, nesta sexta-feira 12, que as negociações com a Ucrânia para encerrar o conflito estão em ‘pausa’, sem data definida para uma próxima rodada de conversações.
“Os canais de comunicação existem e estão bem estabelecidos. Nossos negociadores têm a possibilidade de se comunicar através desses canais, mas, por ora, pode-se falar mais de uma pausa”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante sua coletiva de imprensa diária.
As conversações realizadas em Istambul no início deste ano não permitiram avanços reais, exceto um acordo sobre a troca de prisioneiros de guerra.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que atribuiu a si o papel de mediador entre Moscou e Kiev, quer a todo custo acabar rapidamente com a ofensiva russa em larga escala lançada em 2022.
Mas as posições de ambas as partes parecem, por enquanto, irreconciliáveis.
A Rússia exige a desmilitarização e rendição da Ucrânia, assim como a cessão das regiões ucranianas cuja anexação reivindica, embora não as controle completamente.
A Ucrânia considera essas condições inaceitáveis e exige garantias de segurança por parte de seus aliados, já que está convencida de que a Rússia voltaria a atacá-la mesmo em caso de acordo de paz.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

