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Rússia diz que acordo de exportação de grãos ucranianos “terminou de fato”

O Kremlin alega que o objetivo declarado do acordo, que era permitir a entrega de cereais aos países pobres, não foi cumprido

Bandeira russa tremula no Kremlin. Foto: Alexander NEMENOV / AFP
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O acordo sobre a exportação de grãos ucranianos, que expira oficialmente à meia-noite no horário da Turquia (18H00 de Brasília), “terminou de fato”, afirmou o Kremlin nesta segunda-feira 17, destacando que a Rússia está preparada para retornar ao pacto “imediatamente” assim que as condições forem cumpridas.

“O acordo do Mar Negro terminou de fato hoje”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

“Assim que a parte relativa à Rússia (do acordo) for cumprida, a Rússia retornará imediatamente ao acordo de grãos”, acrescentou.

Assinado em julho de 2022 em Istambul e já prorrogado em duas ocasiões, o acordo que permite à Ucrânia exportar seus cereais pelo Mar Negro possibilitou, durante os últimos 12 meses, transportar quase 33 milhões de toneladas de cereais a partir dos portos ucranianos, apesar do conflito.

Moscou ameaça há várias semanas não prorrogar o acordo, reclamando dos obstáculos criados para suas exportações de produtos agrícolas e de fertilizantes. O Kremlin também alega que o objetivo declarado do acordo, que era permitir a entrega de cereais aos países pobres, não foi cumprido.

Após a declaração do governo russo, as agências de notícias russas informaram que Moscou notificou a Turquia, a Ucrânia e a ONU que era contrária à extensão do acordo.

“A Rússia notificou oficialmente as partes turca e ucraniana, assim como a secretaria da ONU, sua objeção à prorrogação do acordo”, afirmou à agência de notícias TASS, que citou como fonte a porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

A Alemanha fez um apelo nesta segunda-feira à Rússia para prolongar o acordo, ao destacar que era crucial para a segurança alimentar. “O conflito não deve acontecer sobre as costas dos mais pobres do planeta”, disse a porta-voz do governo alemão, Christiane Hoffmann.

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