Rússia culpa ‘interferência externa’ por protesto anti-Israel em aeroporto

Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, classificou os ataques como resultado de uma clara "interferência externa" no conflito

Registro do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 24 de agosto de 2023. Foto: Mikhail Klimentyev/Pool/AFP

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O ataque a um aeroporto na república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, por manifestantes que supostamente procuravam passageiros israelenses, foi “em grande parte o resultado de interferência externa”, afirmou o Kremlin nesta segunda-feira (30), um dia após os incidentes.

“Os acontecimentos no aeroporto de Makhachkala (capital do Daguestão) ontem à noite são, em grande parte, resultado de interferência externa”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa.

O porta-voz não especificou a origem desta suposta “ingerência”, mas o presidente do Daguestão, Serguei Melikov, já tinha afirmado, sem apresentar provas, que os incidentes foram organizados do território ucraniano, em pleno conflito armado entre Kiev e Moscou.

Uma multidão invadiu o aeroporto de Makhachkala, no Cáucaso, no domingo, em meio às tensões causadas no mundo pelos letais bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza em represália ao sangrento ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.

Segundo Peskov, com as “imagens na televisão dos horrores que ocorrem na Faixa de Gaza”, é “muito fácil para os inimigos se aproveitarem delas e provocarem a situação”.

O presidente russo, Vladimir Putin, terá uma reunião nesta segunda-feira à noite com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores para abordar “as tentativas ocidentais de usar os acontecimentos no Oriente Médio para dividir a sociedade russa”, acrescentou Peskov.


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