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Rússia cobra da Otan a suspensão de envio de armas à Ucrânia

Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, a ajuda militar ao Exército ucraniano aumentou significativamente

Militares do EUA que integram tropas da Otan. Foto: Nikolay DOYCHINOV / AFP
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As forças russas mantêm ataques nas regiões leste e sul da Ucrânia neste sábado (30). As tropas ainda tentam aumentar o controle no entorno de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, onde explosões violentas foram ouvidas durante à noite. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, mandou um recado aos aliados ocidentais da Ucrânia.

Em uma entrevista publicada neste sábado pela agência oficial chinesa, Lavrov diz que se os Estados Unidos e a Otan querem resolver a crise ucraniana devem parar de enviar armas e munição para Kiev.

Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, a ajuda militar ao Exército ucraniano aumentou significativamente. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso americano para aumentar esse orçamento de ajuda à Ucrânia em US$ 33 bilhões, a fim de reforçar ainda mais o envio de armas.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, 1 milhão e 200 mil pessoas foram “retiradas” da Ucrânia e levadas para a Rússia, desde o início da invasão. Kiev afirma, entretanto, que milhares de ucranianos foram “deportados” por Moscou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que a situação é difícil na região nordeste do país, onde fica Kharkiv, local onde as forças russas reorientam a sua ofensiva. “Mas nossos militares estão obtendo sucessos táticos”, disse ele, apesar das declarações contrárias feitas por Serguei Lavrov.

A cidade de Kharkiv vem sendo atacada durante semanas pela artilharia russa. Na sexta-feira (29), esses bombardeios fizeram pelo menos um morto e vários feridos, de acordo com a administração militar regional.

Já nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, 14 ataques lançados por forças russas foram repelidos nas últimas 24 horas, de acordo com informações do Estado-Maior das forças ucranianas.

Apoio à Moldávia

Neste sábado, os chefes da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, e a alemã Annalena Baerbock disseram estar determinados a apoiar a Moldávia, uma ex-república soviética vizinha à Ucrânia, diante dos “riscos de desestabilização” que o país enfrenta.

Recentes ataques na região separatista pró-Rússia da Transnístria, no extremo leste da Moldávia, alimentam temores de o conflito ucraniano se espalhar. O governo pró-europeu da Moldávia já havia previsto essa hipótese. A presidente Maia Sandu convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança do país para debater os últimos acontecimentos.

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