Mundo

Rússia bombardeia Ucrânia e alerta que se trata de um conflito ‘existencial’

Durante a noite, alertas aéreos foram emitidos em toda a Ucrânia e várias regiões relataram ataques

Rússia bombardeia Ucrânia e alerta que se trata de um conflito ‘existencial’
Rússia bombardeia Ucrânia e alerta que se trata de um conflito ‘existencial’
Os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia). Imagem: Presidência da Ucrânia e Alexander Kazakov/Pool/AFP
Apoie Siga-nos no

A Rússia descreveu sua guerra com a Ucrânia como “existencial”, nesta sexta-feira (6), após realizar novos bombardeios massivos durante a noite, que deixaram pelo menos três mortos.

Enquanto as negociações de paz entre Kiev e Moscou, facilitadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parecem estar estagnadas, os ataques entre os dois países vizinhos, em guerra desde fevereiro de 2022, não param.

“Para nós, esta é uma questão existencial, sobre os nossos interesses nacionais, a nossa segurança, nosso futuro e o de nossos filhos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres.

Durante a noite, alertas aéreos foram emitidos em toda a Ucrânia e várias regiões relataram ataques.

“Kiev sofreu outro ataque com UAVs (veículos aéreos não tripulados) e mísseis balísticos. Os socorristas respondem às consequências em vários locais da cidade”, escreveu o Serviço Estatal de Emergências da Ucrânia no Telegram.

Segundo um balanço atualizado, três socorristas morreram nos ataques na capital ucraniana e um total de 23 pessoas — incluindo 14 socorristas — ficaram feridas.

Nove regiões sofreram ataques, segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que pediu ao mundo que parasse com esta guerra.

“Agora é a hora de os Estados Unidos, a Europa e o mundo pararem esta guerra juntos, pressionando a Rússia”, escreveu ele nas redes sociais.

Segundo as forças aéreas ucranianas, o país foi atacado por 407 drones de ataque e drones de distração destinados a saturar as defesas aéreas, além de 45 mísseis russos.

As defesas ucranianas neutralizaram 199 drones e 36 mísseis, mas 13 localidades foram atingidas pelos bombardeios e outras 19 por destroços de alvos derrubados.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter atacado instalações militares ucranianas “em retaliação” aos recentes ataques de Kiev em território russo.

O presidente russo, Vladimir Putin, jurou vingança após o recente ataque de drones de Kiev em solo russo, que destruiu inúmeras aeronaves militares avaliadas em bilhões de dólares.

O Exército russo afirmou ter neutralizado 174 drones ucranianos lançados durante a noite em seu território.

O Exército ucraniano alegou ter bombardeado com sucesso duas bases aéreas na Rússia durante a noite.

Três aeroportos russos foram temporariamente fechados, segundo a agência de transporte aéreo, que posteriormente suspendeu as restrições.

Moscou e Kiev realizaram duas rodadas de negociações em Istambul, mas não conseguiram chegar a um consenso.

Durante a segunda reunião, realizada no início desta semana, a delegação russa apresentou a Kiev suas exigências, que incluem a retirada de suas forças de quatro regiões que Moscou reivindica ter anexado e que a Ucrânia desista do processo de adesão à Otan.

Zelensky chamou essas condições de “ultimatos” inaceitáveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo