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Ataques russos provocam apagões e deixam seis mortos na Ucrânia

Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas em bombardeios que atingiram diferentes partes do país; prédios da capital Kiev também foram atingidos

Ataques russos provocam apagões e deixam seis mortos na Ucrânia
Ataques russos provocam apagões e deixam seis mortos na Ucrânia
Bombeiros tentam conter as chamas em um edifício de Kiev, capital da Ucrânia, atingido por um bombardeio russo na madrugada do dia 22 de outubro de 2025. Foto: Handout / UKRAINIAN EMERGENCY SERVICE / AFP
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Grande parte da Ucrânia estava sem energia elétrica nesta quarta-feira 22, após ataques russos que deixaram pelo menos seis mortos, um dia após o anúncio do adiamento da reunião de cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin.

O presidente dos Estados Unidos afirmou na terça-feira que não queria ter “uma reunião desperdiçada” com o homólogo da Rússia, com quem havia planejado um encontro em Budapeste para negociar um cessar-fogo do conflito na Ucrânia.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Riabkov, respondeu nesta quarta-feira que “os preparativos para um encontro de cúpula continuam”, informou a agência estatal de notícias TASS. Ele destacou que não vê nenhum obstáculo importante para a reunião, mas admitiu que é um processo difícil.

Trump fez um apelo para que Moscou e Kiev interrompam a guerra nas linhas de combate atuais, mas seus esforços não conseguiram deter o conflito, iniciado com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Nas últimas semanas, a Rússia intensificou os bombardeios contra a rede de energia elétrica e as infraestruturas de gás da Ucrânia, provocando apagões antes do inverno (hemisfério norte).

Prédio em Zaporizhzhia, na Ucrânia, pega fogo após ataque russo no dia 22 de outubro de 2025. Foto: Handout / UKRAINIAN EMERGENCY SERVICE / AFP

Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo menos seis pessoas morreram nos bombardeios mais recentes, que também atingiram a capital Kiev. Os serviços de emergência relataram pelo menos 22 feridos.

“Uma nova noite que demonstra que a Rússia não sente pressão suficiente para acabar com a guerra”, denunciou o presidente antes de uma viagem à Noruega e Suécia.

O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, pediu aos aliados de Kiev que forneçam recursos, sistemas de defesa antiaérea e equipamentos para reparar os danos.

Zelensky se reuniu nesta quarta-feira em Oslo com o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre na área militar do aeroporto, segundo imagens da emissora pública NRK.

O país escandinavo é uma das maiores fontes de apoio da Ucrânia no conflito contra a Rússia.

Na Suécia, Zelensky se encontrará com o primeiro-ministro Ulf Kristersson na cidade de Linköping, sede do grupo de defesa Saab que, entre outros, produz o caça Gripen.

O presidente ucraniano também viajará esta semana a Londres e Bruxelas, onde acontecerá uma reunião de cúpula dos líderes da União Europeia, informou uma fonte de Kiev à AFP.

Donald Trump e Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, em 17 de outubro de 2025. Foto: Tom Brenner/AFP

Zelensky visitou Washington na semana passada, mas não conseguiu convencer Trump a fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk.

Ao retornar a Kiev, ele pediu às potências ocidentais que abandonem a política de apaziguamento em relação a Moscou.

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