Mundo
Republicanos elegem aliado de Trump à presidência da Câmara nos EUA
Sua eleição foi recebida com aplausos e uma grande aclamação de pé pelos membros de seu partido, claramente aliviados por ver uma saída para a crise


Os republicanos elegeram, nesta quarta-feira (25), Mike Johnson, um aliado incondicional do ex-presidente Donald Trump, para chefiar a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, pondo fim, assim, a três semanas caóticas de paralisação no Congresso.
Este advogado de 51 anos e grande defensor dos valores “tradicionais”, que apoiou as tentativas legais de alterar os resultados das eleições presidenciais de 2020 a favor de Trump, obteve 220 votos.
Sua eleição foi recebida com aplausos e uma grande aclamação de pé pelos membros de seu partido, claramente aliviados por ver uma saída para a crise.
Ele é um “amigo de todos, inimigo de ninguém”, disse a congressista republicana Elise Stefanik ao apresentá-lo na Câmara.
Johnson tem pela frente tarefas difíceis.
Em primeiro lugar, terá que negociar para evitar um bloqueio do governo federal (‘shutdown’) em meados de novembro, não apenas com políticos experientes como o senador democrata Chuck Schumer e o presidente Joe Biden, mas também com membros de seu próprio partido.
Além disso, terá que lidar com colegas muito divididos para atender ao pedido de fundos feito por Biden para ajudar Ucrânia e Israel.
Sua escolha foi o capítulo mais recente de uma novela política que evidenciou as disputas internas entre republicanos moderados e os apoiadores de Trump.
Na verdade, ele foi o quarto indicado pelo partido em 21 dias para substituir Kevin McCarthy, destituído em uma votação histórica por um grupo de apoiadores de Trump.
A frustração dos republicanos, ansiosos por encerrar uma crise que envergonhava a muitos deles, jogou a seu favor.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.