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Oposição e governo sírio se reúnem em Genebra

Mediador da ONU deu início à condução de diálogos que têm como objetivo negociar uma solução para o conflito no país

Hadi al-Bahra, negociador-chefe da oposição síria, e Badr Jamous, secretário-geral do Conselho Nacional Sírio, participam de encontro em Genebra
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As delegações do regime sírio e da oposição se reuniram neste sábado 25 em um sala da sede da ONU em Genebra, na primeira tentativa de negociar cara a cara uma solução para o conflito no país, que já dura quase três anos.

Conforme o plano do emissário especial da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, os dois grupos se encontraram no início da manhã para ouvir seu discurso de introdução.

A reunião foi realizada a portas fechadas, longe das câmeras e da imprensa. Segundo informou à AFP uma fonte presente na sala do encontro, a primeira sessão durou cerca de meia hora, como estava previsto.

A equipe de negociadores do regime é dirigida por Bashar al Jaafari, embaixador da Síria na ONU, e não o ministro sírio das Relações Exteriores Walid Mualem, segundo uma fonte próximas às negociações. Os negociadores da oposição, por sua parte, são liderados por Hadi al Bahra.

Na véspera, Brahimi conseguiu convencer as delegações do regime de Bashar al-Assad e da oposição a se sentarem à mesma mesa de negociações neste sábado.

A reunião prevista para a manhã de sexta – com a presença das duas delegações – foi cancelada de última hora. A justificativa foi a recusa da oposição de se sentar à mesma mesa que o ministro Muallem enquanto o regime não aceitasse um governo de transição.

A resposta do governo sírio não demorou a chegar e Muallem ameaçou fazer as malas e partir, acusando seus detratores de falta de seriedade.

O emissário da ONU e da Liga Árabe, artesão das negociações para encontrar uma solução para a guerra na Síria – que deixou mais de 130 mil mortos desde março de 2011 – negou a hipótese de que uma das delegações deixaria as negociações mais cedo.

As duas partes se acusam mutuamente de atravancar as negociações – patrocinadas pelos Estados Unidos, aliados da oposição, e pela Rússia, pilar do regime de Damasco – adiadas inúmeras vezes.

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