Reparação parcial

Museus britânicos “emprestam” a Gana joias roubadas durante o saque de Kumasi

Sinta o gosto. As leis britânicas dificultam a devolução das relíquias. O “empréstimo”, em princípio, será por tempo indeterminado – Imagem: Acervo/Museu Victoria & Albert

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As 10h30 da segunda-feira 23 de fevereiro de 1874, os valiosos objetos levados pelas tropas britânicas do palácio real de Kumasi foram leiloados no salão de conferências do Castelo do Cabo, na Costa do Ouro. “A longa mesa central estava densamente coberta de joias ­e ouro”, relatou o jornal britânico Daily ­Telegraph. “Em uma mesa lateral via-se o prato do rei. Contra um largo tecido pendiam espadas e cinturões de pele de leopardo, bastões com enormes punhos de prata, cabaças adornadas em ouro e prata e panelas de latão com relevos.”

Juntamente com o incêndio do antigo Palácio de Verão em Pequim, em 1860, e a Batalha de Maqdala na Etiópia, em 1868, o saque de Kumasi, durante a terceira guerra anglo-axânti, permanece como um dos episódios mais infames da história da pilhagem colonial britânica. No 150º aniversário do ataque aos axântis, verifica-se um importante momento de reconhecimento e reflexão, enquanto os museus Victoria and Albert e Britânico trabalham em parceria com o Museu Manhyia Palace, em Kumasi, para restituir a Gana parte do material saqueado.

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